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Brasil vai bancar operação acolhida de venezuelanos enquanto busca parceiro para financiar braço da ONU
Uma nova reunião ficou de detalhar o número de médicos, enfermeiros e assistentes sociais, por exemplo, que precisarão ser deslocados. Uma das medidas em estudo é o acionamento da Força Nacional do SUS para dar conta da demanda na região.
Em reunião com integrantes de cinco ministérios nesta segunda (27), o governo Lula decidiu sustentar em caráter emergencial as ações da Operação Acolhida, nas regiões de fronteira com a Venezuela, ao menos pelos próximos 15 dias, enquanto busca um novo parceiro para financiar o organismo da ONU (Organização das Nações Unidas) que auxiliava o atendimento de imigrantes na região Norte do país.
A decisão foi tomada após a OIM (Organização Internacional para as Migrações), braço da ONU para atendimento de migrantes e refugiados, informar, domingo de noite, às 19h36, que o presidente americano, Donald Trump, havia determinado o bloqueio de verbas que abastecem o organismo internacional, inviabilizando a continuidade dos serviços da Operação Acolhida.
Uma nova reunião ficou de detalhar o número de médicos, enfermeiros e assistentes sociais, por exemplo, que precisarão ser deslocados. Uma das medidas em estudo é o acionamento da Força Nacional do SUS para dar conta da demanda na região.
A OIM era financiada em sua parcela majoritária pelos Estados Unidos (60%). A organização também se comprometeu a atuar junto ao Ministério das Relações Exteriores para buscar um novo financiador para as operações na região Norte. O impacto estimado do bloqueio, com validade inicial de 90 dias, é de US$ 5 milhões.
A Polícia Federal e o Ministério da Defesa também vão ampliar o contingente na região para manter os trabalhos em caráter emergencial.
Veja a íntegra da Nota Oficial do governo:
O Governo Federal realizou, na tarde desta segunda-feira (27), reunião com representantes da Organização Internacional para as Migrações (OIM) para discutir o impacto da suspensão das atividades realizadas pela entidade no âmbito da Operação Acolhida, diante da decisão do governo dos Estados Unidos de suspender por 90 dias o repasse de recursos para essa missão.
Também participaram da reunião representantes da Casa Civil, dos ministérios das Relações Exteriores, do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, da Saúde, da Defesa, da Justiça e Segurança Pública e da Polícia Federal.
As autoridades brasileiras estão mobilizadas e seguem em tratativas para reduzir os impactos da ausência das equipes da OIM na operação logística e na gestão de abrigos. Entre as ações emergenciais estão a realocação de servidores das áreas de saúde, assistência social, da Polícia Federal e Defesa para manterem, em caráter emergencial, as atividades essenciais.
O governo brasileiro reafirma seu compromisso com o acolhimento humanitário de imigrantes e seu entendimento sobre a importância das atividades desenvolvidas pela OIM e demais instituições especializadas no tema para alcance desse objetivo.
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