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Aprovação de TAG para enfermeiros precariza saúde no AM, diz presidente de instituto

“Isso resultará em uma população desassistida, pois os hospitais não terão profissionais qualificados para atender adequadamente”, diz presidente do Instituto de Enfermeiros Intensivistas do Amazonas (IETI).

A aderência do governo estadual ao Termo de Ajustamento de Gestão (TAG) para contratação de enfermeiros no Amazonas afetará salários e qualidade dos serviços na saúde do Estado, segundo a presidente do Instituto de Enfermeiros Intensivistas do Amazonas (IETI), Suzany Teixeira.

A TAG é uma decisão administrativa do Governo do Amazonas, que causa uma mudança na forma de contratar os serviços dos profissionais de enfermagem, antes terceirizados. Com a TAG eles serão admitidos por um regime temporário da Secretaria de Administração. O regime foi aprovado pela Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), no início de outubro (05/10).

O Governo do Amazonas tem oferecido por meio da TAG, salários abaixo do piso estabelecido em lei, resultando na contratação de profissionais inexperientes para as Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e urgência/emergência.

“Isso resultará em uma população desassistida, pois os hospitais não terão profissionais qualificados para atender adequadamente”, destacou Suzany, ao pontuar a desvalorização no salário dos profissionais.

O piso, ou seja, o mínimo a ser pago pelo serviço de enfermeiro é de R$ 4.750,00. Com o TAG, através de negociações, o Estado está oferecendo R$ 3.250,00 aos profissionais. “A diminuição do salário afasta os profissionais qualificados e acaba abrindo espaço para profissionais sem experiência para atuar numa UTI”, diz.

O IETI atua desde 1995 na terapia intensiva das unidades públicas de Manaus e hoje atua em 45 UTIs especializadas em diversas áreas, como oncologia, maternidades, neonatologia e cirurgias pediátricas. O IETI é reconhecido pela excelência de seu trabalho e participa de eventos e cursos de atualização regularmente.

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