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Antes de viagem à França, Lula diz que Brasil quer preservar Amazônia por ‘nossa conta’, mas que aceita ajuda externa

Presidente embarca na noite desta terça-feira (3) para a França, onde vai participar da Conferência das Nações Unidas para os oceanos.

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou, nesta terça-feira (03/06), uma série de decretos ambientais por ocasião da semana do Meio Ambiente. Na próxima quinta-feira (5) é comemorado o Dia Mundial do Meio Ambiente, e o presidente estará na França para participar da Terceira Conferência das Nações Unidas sobre os Oceanos, em Nice, cidade na região da Riviera Francesa. As informações são do g1.

A assinatura ocorreu em cerimônia fechada no Palácio do Planalto, com a presença da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.

Durante a solenidade, Lula destacou as ações adotadas em seu governo para garantir a preservação ambiental e voltou a afirmar que está aberto a receber recursos de outros países para conservar a Floresta Amazônica.

“É importante a gente saber que a gente está dando uma demonstração de civilidade ao mundo. Nós vamos fazer aquilo que nós achamos que é importante para o Brasil. Nós queremos preservar a Amazônia por nossa conta, mas se alguém de fora quiser nos ajudar, nós iremos receber com muito carinho toda e qualquer ajuda do mundo”, disse o presidente.

Lula também declarou que seu governo “acredita que existe uma crise climática de verdade” e ressaltou a importância de usar dinheiro para remunerar quem preserva o meio ambiente.

“É por isso que a gente tem que exigir dinheiro, porque a contrapartida de preservar tem que ser mais, mais remunerada do que a conta de destituir. Se o madeireiro ganha dinheiro para destruir, nós precisamos pagar dinheiro para quem não quiser destruir. Essa é a lógica nossa”, disse.

Lula determinou o repasse de R$ 825 milhões para que o Ibama possa ampliar sua capacidade de “combater desigualdades e promover o desenvolvimento sustentável no pais”.

Ele voltou a citar que há reclamação sobre a burocracia do instituto, mas lembrou que nos últimos anos o número de servidores do órgão reduziu, o que prejudica as análises.

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, aproveitou o encontro no Planalto para criticar mais uma vez o projeto que flexibiliza as regras para a concessão de licenciamento ambiental — ela ministra foi atacada na semana passada por três senadores.

Marina afirmou que é possível dialogar para aprimorar o processo, mas sem precarizar o sistema de licenciamento.

“Nós podemos mudar as leis para ganhar agilidade nos processos, como é o caso do licenciamento, mas a lei não pode ser precarizada, a lei precisa ser mantida naquilo que é essencial: proteger a biodiversidade, os recursos hídricos, o solo, o ar que a gente respira”, disse.
Marina fez um “apelo” para que seja possível encontrar um texto que “agilize sem fragilizar, que viabilize o necessário encaminhamento dos projetos estratégicos para o nosso país, mas que mantenha a espinha dorsal da preservação ambiental do nosso país, que é o licenciamento”.

Veja a lista de decretos assinados:

Plano de ação nacional de biodiversidade;
Decreto que institui estratégia nacional para conservação e uso sustentável para recifes de coral;
Projeto que altera o decreto que dispõe sobre programa áreas protegidas da Amazônia;
Texto que define limites do Parque Nacional de Saint-Hilaire no Paraná;
Projeto que cria área de proteção ambiental da foz do Rio Doce;
Projeto que cria a reserva de desenvolvimento sustentável Faxinal Bom Retiro no Paraná;
Projeto que cria a reserva Faxinal São Roque, também no Paraná.


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