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Redes sociais ‘alimentam’ problemas de saúde mental em 70% dos jovens, alerta relatório

O Índice KidsRight é um relatório anual produzido por esta fundação, que avalia o nível de adesão de 194 países aos direitos da criança.

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A crise de saúde mental entre crianças e adolescentes em todo o mundo atingiu um ponto crítico devido à “expansão descontrolada” das redes sociais, de acordo com um relatório do grupo de direitos da criança KidsRight, divulgado nesta quarta-feira. Pesquisas da organização sediada em Amsterdã e da Universidade Erasmus de Roterdã mostram que um em cada sete jovens entre 10 e 19 anos sofre de algum tipo de problema de saúde mental.

“O relatório deste ano é um alerta que não podemos mais ignorar”, disse Marc Dullaert, fundador e presidente da KidsRights, em um comunicado. “A crise de saúde mental entre nossas crianças atingiu um ponto crítico, exacerbada pela expansão descontrolada das mídias sociais, que privilegia o uso em detrimento da segurança”, disse ele.

O Índice KidsRight é um relatório anual produzido por esta fundação, que avalia o nível de adesão de 194 países aos direitos da criança e o quanto eles estão se esforçando para melhorá-los. Em seu relatório de 2025, a KidsRights identifica uma “correlação perturbadora” entre a deterioração da saúde mental infantil e o que descreve como uso “problemático” das redes sociais, ou seja, o uso viciante das mídias sociais que interrompe a vida diária do usuário.

Também observou uma correlação entre o consumo excessivo de conteúdo online e tentativas de suicídio. A taxa global de suicídio é de 6 por 100 mil entre adolescentes de 15 a 19 anos, observa o documento, citando dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). No entanto, o relatório observou que restrições abrangentes — como a decisão da Austrália de proibir o acesso de menores de 16 anos às mídias sociais — também não são a melhor solução.

“Proibições tão rígidas podem infringir os direitos civis e políticos das crianças”, incluindo o acesso à informação, indicou o Índice KidsRight.

O relatório, portanto, recomendou uma abordagem mais abrangente e diferenciada, que leve em consideração o acesso das crianças a conteúdo educacional e também evite seu isolamento. O relatório observa que “os avanços tecnológicos dos últimos anos abriram uma caixa de Pandora de desafios e oportunidades”.

Entre estes últimos, destacou o acesso à informação, mas na lista de desafios incluiu a exposição de crianças ao bullying, à violência psicológica, à exploração sexual, à violência de gênero e à desinformação.


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