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ONU confirma que não vai exigir vacina contra Covid em Assembleia com participação de Bolsonaro

Presidente do Brasil diz que não se vacinou contra doença que matou 4,7 milhões pelo mundo. Assembleia-Geral da entidade começa no próximo dia 21, em Nova York.

Volkan Bozkir, presidente da 75ª Assembleia Geral da ONU. (Foto: Rick Bajornas/UN)

A ONU (Organização das Nações Unidas) confirmou nesta quinta (16) que não vai exigir prova de vacinação contra a Covid-19 de presidentes, primeiros-ministros e diplomatas na próxima Assembleia-Geral da entidade, que começa no próximo dia 21, em Nova York.

Havia dúvidas quanto à exigência, já que, na quarta (15), as delegações haviam recebido uma carta de Abdulla Shahid, chefe da atual sessão da Assembleia, encaminhando comunicados da prefeitura de Nova York nos quais as autoridades diziam que a prova de vacinação deveria ser exigida para eventos fechados, o que inclui a cúpula da ONU.

Mais tarde, porém, em entrevista à agência Reuters, o secretário-geral António Guterres disse que não poderia cobrar o certificado dos líderes globais.

Mais de 100 chefes de Estado são esperados presencialmente para o evento em Nova York, entre eles o brasileiro Jair Bolsonaro (sem partido). O presidente já afirmou diversas vezes que não se vacinou contra a doença, que já matou 4,7 milhões pessoas pelo mundo. Em transmissão por redes sociais nesta quinta, ele repetiu a fala e indicou que não pretende se vacinar antes do evento. “Depois que todo mundo tomar [a vacina] eu vou decidir o meu futuro aí”, afirmou.

O presidente Jair Bolsonaro na Assembleia Geral da ONU em 2019 – Johannes Eisele/AFP
A nova orientação da ONU foi oficializada nesta quinta por Shahid, aos 193 Estados-membros da ONU, em carta à qual a Reuters teve acesso. Na terça, o próprio político das Maldivas havia dito que apoiava a reivindicação da prefeitura de Nova York de exigir a vacina.

Ele abandonou a ideia depois que a Rússia se manifestou contrária a ela, dizendo que seria discriminatória, e depois da declaração do próprio Guterres, de que o órgão “não pode dizer a um chefe de Estado que não estiver vacinado que ele não pode entrar nas Nações Unidas”.

Dezenas de presidentes, primeiros-ministros e ministros das Relações Exteriores, acompanhados de diplomatas, estarão em Nova York para o encontro anual. Alguns líderes, porém, vão discursar de modo virtual, por vídeo, devido à pandemia da Covid-19. No ano passado, o evento foi feito totalmente de forma remota.

A sede da ONU é considerada território internacional e não está sujeita às leis dos Estados Unidos, mas em outras ocasiões autoridades do órgão prometeram respeitar as orientações do governo local e federal de controle da pandemia.

Autoridades nova-iorquinas já tinham dito à ONU que, segundo as regras da cidade, é preciso provar vacinação contra a doença para acessar o salão da Assembleia Geral.

Na quarta (15), o prefeito Bill de Blasio afirmou que a prefeitura vai fornecer de graça testes para a Covid-19 e doses da vacina da Janssen (de dose única) do lado de fora da sede da ONU.

As informações são da Folha.

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