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Marcha com apoiadores de Trump defende alegações falsas sobre eleição nos EUA

O presidente se recusa a reconhecer que perdeu o pleito para o democrata Joe Biden apesar da derrota do republicano no Colégio Eleitoral ter crescido na sexta-feira (13).

Centenas de apoiadores do presidente Donald Trump se reuniram neste sábado (14), em Washington, para protestar contra o resultado das eleições presidenciais, mesmo que não haja provas de fraude no pleito. Eles foram surpreendidos quando o próprio Trump passou pela manifestação em um carro e acenou para todos. As informações são da Reuters, com publicação pelo jornal Folha de S.Paulo.

O republicano se dirigia para seu campo de golfe em Sterling, no estado da Virginia, localidade próxima a Washington. Apoiadores com bandeiras gritavam “EUA!” e “mais quatro anos!” enquanto a carreata do presidente passava.

Próximo a este grupo, um outro, de manifestantes contrários, agitava cartazes onde se lia “Nós votamos —vocês estão demitidos”.

Os organizadores pró-Trump deram ao seu protesto vários nomes, incluindo Million MAGA March (marcha MAGA do milhão), March for Trump (marcha para Trump) e Stop the Steal (pare o roubo). MAGA é um acrônimo para o slogan da campanha Trump, “Make America Great Again”. Trump tuitou seu apoio.

Os atos em Washington e outras cidades trazem uma mistura de apoiadores do presidente com personalidades de extrema direita e membros da milícia Oath Keepers e do grupo Proud Boys, em uma demonstração pública de apoio a seu esforço para permanecer no poder.

Em uma manifestação contrária, oponentes nas redes sociais procuraram criar confusão, inundando as hashtags #MillionMAGAMarch e #MarchforTrump com fotos de panquecas.

Trump se recusa a reconhecer que perdeu a eleição para o democrata Joe Biden, mesmo com sua derrota no Colégio Eleitoral tendo crescido na sexta-feira (13) e suas manobras legais em vários estados para derrubar os resultados não terem progredido.

Contudo, ele afirmou que “o tempo dirá” quem ocupará a Casa Branca a partir de 20 de janeiro do ano que vem, no que foi o mais próximo que chegou de admitir a perda. Houve outros protestos pró-Trump desde que Biden foi eleito presidente em 7 de novembro, mas foram pequenos e com poucos incidentes.

Biden solidificou ainda mais sua vitória na sexta, quando os resultados da Edison Research mostraram sua vitória na Geórgia, dando-lhe uma contagem final de 306 votos do Colégio Eleitoral, muito mais do que os 270 necessários para ser eleito presidente e acima dos 232 de Trump.

Os 306 votos foram iguais à contagem de Trump em sua vitória de 2016 sobre Hillary Clinton. Com o resultado da eleição deste ano se tornando mais claro, Trump discutiu com seus conselheiros possíveis aparições que o manteriam no centro das atenções para uma possível candidatura de 2024 à Casa Branca.

Ele está considerando começar um canal de televisão ou uma empresa de mídia social para competir com aqueles que ele sentiu que o traíram e sufocaram sua capacidade de se comunicar diretamente com os americanos, de acordo com vários consultores.

No curto prazo, Trump deve fazer campanha para os candidatos republicanos na Geórgia antes de duas eleições de segundo turno, em 5 de janeiro, que determinarão qual partido controla o Senado dos EUA.

Trump tem afirmado, sem evidências, de que foi enganado por uma fraude eleitoral generalizada. Os funcionários eleitorais estaduais não relataram nenhuma irregularidade séria e as tentativas de Trump de judicializar este processo têm falhado.

Um tribunal estadual de Michigan rejeitou na sexta um pedido dos partidários de Trump para bloquear a certificação de votos em Detroit, que foi fortemente a favor de Biden. E os advogados da campanha do republicano desistiram de uma ação no Arizona depois que a contagem final dos votos tornou a questão discutível.

Funcionários de segurança das eleições federais não encontraram evidências de que qualquer sistema de votação excluiu, perdeu ou mudou votos, ou foi de alguma forma comprometido, segundo um um comunicado divulgado na quinta (12) pela principal agência de segurança cibernética dos EUA.

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