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Brasileira está entre as vítimas desta quinta-feira (29/10) no atentado a faca em Nice, na França

Simone Barreto Silva, 44, nasceu em Lobato, na Cidade Baixa de Salvador, e tinha formação de cozinheira e atualmente trabalhava como cuidadora de idosos na cidade francesa.

Uma das três vítimas do atentado terrorista na Basílica de Notre-Dame, no centro de Nice, nesta quinta-feira (29) era a brasileira Simone Barreto Silva, nascida em Salvador, informaram o Itamaraty e a Rádio França Internacional (RFI). As informações são do jornal O Globo.

Simone, de 44 anos, foi ferida a faca pelo atacante, um tunisiano que chegou hoje à França, e se refugiou em um restaurante quase em frente à catedral, onde morreu, informou a RFI. Ela estava na França havia cerca de 30 anos e deixou três filhos.

Brahim Jelloule, um dos donos do restaurante l’Unik, falou à TV France Info do socorro prestado à vítima. “Ela atravessou a rua, toda ensanguentada, e meu irmão e um dos nossos funcionários a resgataram, a colocaram no interior do restaurante, sem entender nada. Ela dizia que havia um homem armado dentro da igreja”, disse.

O atentado ocorreu às 9h da França (6h da manhã em Brasília).

O governo brasileiro lançou uma nota em que “deplora e condena veementemente o atroz atentado” a Simone e também afirmou repudiar “toda e qualquer forma de terrorismo, independentemente de sua motivação”. O Itamaraty disse estar prestando assistência à família da vítima.

Simone Barreto Silva nasceu no Lobato, na Cidade Baixa de Salvador, tinha formação de cozinheira e atualmente trabalhava como cuidadora de idosos, informou a RFI. Ela tinha nacionalidade francesa.

Segundo membros da Ala Mulheres na Resistência da Lavagem da Madeleine, evento cultural brasileiro que acontece há 19 anos em Paris, Simone e suas irmãs “participaram da Ala em 2019 e não vieram este ano por causa da Covid-19”.

A RFI também informou que Simone era agitadora cultural em Nice e teria organizado, com suas irmãs e primas, a Festa de Iemanjá de Nice.

Segundo os investigadores da Procuradoria Antiterrorismo da França, o agressor — identificado como Brahim Aouissaoui,  um jovem de 21 anos de nacionalidade tunisiana — foi baleado por policiais ainda dentro da igreja e levado para um hospital, onde está sob custódia em estado grave. De acordo com o prefeito da cidade, Christian Estrosi, ele gritou “Allahu Akbar” (Deus é grande) diversas vezes antes de ser preso.

As outras vítimas eram o sacristão da basílica, de 55 anos, e uma mulher de 60 anos, que foi degolada.

Aouissaoui deixou seu país em 14 de setembro último e chegou à Europa no dia 20 daquele mês, em um dos barcos de imigrantes que costumam atracar na ilha italiana de Lampedusa. De Lampedusa, ele foi para a cidade italiana de Bari em 9 de outubro. Aouissaou chegou a Nice de trem nesta quinta-feira, com um documento emitido pela Cruz Vermelha italiana, e trocou de roupa na estação ferroviária antes de se dirigir para o ataque na igreja, a 400 metros de distância. A Tunísia informou que, no país, ele não era fichado como militante radical.

O ataque levou a França a elevar o estado de alerta a seu nível máximo. O presidente Emmanuel Macron anunciou novas medidas antiterror, com o deslocamento de  milhares de soldados para aumentar a segurança de centros religiosos e escolas pelo país. Macron, que expressou seu apoio à comunidade católica, viajou para Nice horas após o ato criminoso.

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