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Manaus

Após informar números do “mutirão”, prefeitura de Manaus suspende vacinação nesta segunda para “consolidação dos dados”

Mutirão com filas e aglomerações foi realizado em um momento em que mais uma vez o Amazonas pode voltar para a fase vermelha no cenário da pandemia de Covid-19, conforme a Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM).

A Prefeitura de Manaus informou que os postos de vacinação contra a Covid-19 na cidade não irão funcionar nesta segunda-feira, 14/6. Em nota, disse que “a pausa é necessária, para que a coordenação municipal do Programa Nacional de Imunização (PNI) possa trabalhar na consolidação dos dados da vacinação, inclusive com os da intensificação da campanha realizada neste fim de semana”. E que, após a consolidação, a coordenação definirá a programação das próximas etapas, e o calendário para a semana.

A Prefeitura informou, ainda na noite de domingo, o total de 141.460 primeiras doses de imunizantes foi aplicado em 34 horas de trabalho, envolvendo aproximadamente 4,5 mil pessoas direta e indiretamente, numa ação coordenada pela Prefeitura de Manaus e o governo do Amazonas com um objetivo: ampliar o número de pessoas vacinadas contra a Covid-19 na capital amazonense. O mutirão teve como público-alvo pessoas da faixa etária de 40 a 51 anos, em menos de dois dias. Com isso, Manaus registra mais de 909 mil doses de vacina contra a doença – entre primeira e segunda doses – aplicadas desde que a campanha teve início, no dia 19/1.

O governador do Amazonas, Wilson Lima (PSD) tentou se promover, na manhã de sábado, participando da abertura de um “mutirão” para vacinar pessoas entre 45 e 51 anos de idade, onde foram registradas longas de filas de carros e aglomeração de pedestres, em diferentes pontos de Manaus. Desde as primeiras horas do dia, antes mesmo da abertura, os postos de vacinação registravam filas e aglomeração de pessoas.

Wilson Lima esteve nos postos da Arena da Amazônia, onde passou entre as pessoas que esperavam nas filas, cumprimentado-as. Algumas recusaram os cumprimentos do governador.

O epidemiologista da Fiocruz Amazônia, Jesem Orellana, chamou a ação do governo de “populismo sanitário”. “Governo Estadual e Prefeitura tentam apagar do imaginário popular as duas tragédias sanitárias que horrorizaram a humanidade em 2020 e 2021. Manaus está em plena retomada dos contágios do Sars-Cov-2 e a atrasada na vacinação. Segundo ele, a vacinação de tantas pessoas de uma só vez, aumentará o risco de contaminação de quem foi para a fila, de seus acompanhantes e da cadeia de contatos.

O mutirão foi realizado em um momento em que mais uma vez o Amazonas pode voltar para a fase vermelha no cenário da pandemia de Covid-19, conforme a Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM) com base nos dados dia 7 de junho, registrando 20 pontos na classificação. Falta um ponto para o estado alcançar o nível crítico, totalizando os 21 pontos.

Pela avaliação de risco da FVS, o aumento de um ponto na classificação se deu pela variação do número de mortes por Covid-19, que apresentou um aumento nos últimos 14 dias. Na última avaliação do dia 2 de junho, essa variação havia registrado uma queda de 8,86%, ou seja, o número de mortes nos últimos 14 dias passou de 79 para 72, acrescentando apenas 1 ponto na classificação, considerada de baixo risco.

A avaliação divide os indicadores em dois fatores: capacidade do sistema de saúde e evolução da epidemia. O cálculo de cada indicador leva a uma soma de pontos que define em que situação o estado se encontra.

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