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Economia

Variação de preços do quilo do pão francês entre estados do Brasil chega a R$ 8, diz pesquisa

Em Manaus, de acordo com o Sindicato das Indústrias de Panificação, o preço do pão francês, chega a R$ 14,90 por quilo.

O preço do queridinho do café da manhã não dá trégua: o valor do quilo do pão francês varia até R$ 8 no país, segundo uma pesquisa da Efficienza, empresa especializada em assessoria de comércio exterior. E qual o motivo para o preço subir tanto? O biscoito, o macarrão e principalmente o pão — que fazem parte da rotina da maioria das famílias — têm passado por variações de preços, já que quando o dólar sobe, consequentemente, há aumento do valor das compras no supermercado.

Dados de levantamento realizado pela empresa apontam que a tradição de comer o pãozinho está cada vez mais cara e pode variar muito entre um estado e outro. No Rio de Janeiro, por exemplo, o quilo do pão custa de R$ 17,90 a R$ 19,50. Em São Paulo, chega a R$ 22,90, o que dá quase R$ 2,90 por 90 gramas. Em padarias no extremo leste da capital, o preço encontrado foi de R$ 16,90.

Em Manaus, esse valor é menor, segundo o presidente do Sindicato das Indústrias de Panificação, Carlos Azevedo. O preço chega a R$ 14,90 por quilo.

No Paraná, segundo o Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Agricultura e do Abastecimento, o preço do quilo do pãozinho varia entre R$ 15 e R$ 18 na capital e na região metropolitana.

No Nordeste brasileiro, especificamente em Fortaleza (CE), o preço do quilo do pão varia de R$ 16 a R$ 20. Já os soteropolitanos pagam, em média, R$ 18,50 por quilo.

Potência agrícola

De acordo com a Efficienza, essa alta de preços se dá porque o Brasil ainda depende muito do trigo proveniente do mercado externo. No entanto, avalia que essa realidade pode mudar. Sendo Fábio Pizzamiglio, diretor da empresa, o Brasil — uma das maiores potências agrícolas do mundo — caminha para se tornar autossuficiente com o trigo.

Atualmente, das 12 milhões de toneladas desse commodity consumidos no Brasil, mais de seis milhões são importadas. Dados da Associação Brasileira da Indústria do Trigo mostram que o país é capaz de produzir 1,5 milhão de toneladas a mais neste ano, o que poderia garantir uma certa independência do produto vindo do exterior.

— Quando falamos de produtos derivados do trigo, como o pão, pensamos em dólar. Com essa independência, podemos ver esse produto com menor impacto na inflação ao longo prazo — afirma o executivo, acrescentando: — Esse alimento passa por muitas variáveis desde a pandemia e em especial, pela Guerra da Ucrânia, que envolveu três dos principais exportadores da commodity (Ucrânia, Rússia e Belarus), com os volumes comercializados em queda. Com isso, os preços dispararam quanto à margem de exportação do Brasil.

A informação é do site Extra.

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