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Economia

Produtores querem fim da moratória de soja na Amazônia

O encerramento do acordo poderia gerar problemas para as vendas de soja do Brasil, o maior exportador global, pois clientes no exterior, especialmente na Europa, exigem uma produção ambientalmente sustentável.

Alto Paraíso (GO) – Plantação de soja em área do município de Alto Paraíso (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O site MoneyTimes informou que Uma importante associação de agricultores brasileiros fará no próximo dia 10, em Dom Eliseu, no Pará, um evento para marcar a largada do movimento que busca acabar com a Moratória da Soja na Amazônia, um acordo entre tradings e indústrias que proíbe a compra do grão de áreas desmatadas após 2008.

Produtores dizem que a Moratória da Soja desrespeita o direito legal do proprietário de terra de utilizar para a agricultura 20% da área dentro da Amazônia, e afirmam contar com o apoio do presidente Jair Bolsonaro para ver o fim da proibição dos cultivos em áreas abertas nos últimos anos.

A posição da Associação dos Produtores de Soja do Brasil (Aprosoja) sobre a moratória, um programa que tem mais de dez anos, mostra como uma nova iniciativa ambiental para o Cerrado, em gestação por tradings e indústrias, pode enfrentar desafios para ser implantada.

“Que se cumpra a nossa lei nacional, os nossos órgãos que são os fiscalizadores, nós não precisamos de ONGs fiscalizando os nossos produtores”, disse o presidente da Aprosoja Brasil, Bartolomeu Braz Pereira, reivindicando o direito legal de o produtor não ser excluído do mercado pela Moratória da Soja.

O pacto é considerado por comerciantes, processadores da oleaginosa e entidades ambientais como importante para limitar o avanço da soja em nova áreas do Bioma Amazônico, preservando florestas.

Neste ano, quando as queimadas estavam no foco do noticiário, a Moratória da Soja foi citada como exemplo de programa que evita o desmatamento.

O encerramento do acordo poderia gerar problemas para as vendas de soja do Brasil, o maior exportador global, pois clientes no exterior, especialmente na Europa, exigem uma produção ambientalmente sustentável, argumenta a Abiove, associação que reúne as principais tradings e indústrias, como ADM, Bunge, Cargill, Louis Dreyfus, Cofco e Amaggi.

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