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Economia

Dólar fecha em alta e chega a R$ 4,89; moeda dos EUA vinha em tendência de queda

O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, terminou o dia em queda de 0,92%, a
96.746,55, encerrando uma sequência de sete altas.

O dólar fechou em alta ante o real nesta terça-feira (9), com o mercado de câmbio doméstico seguindo uma correção global nesta sessão, depois de dias de frenético rali em ativos de risco por causa do otimismo com a recuperação econômica. O dólar à vista subiu 0,69%, a R$ 4,8885 na venda.

O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, terminou o dia em queda de 0,92%, a 96.746,55, encerrando uma sequência de sete altas.

Em nota, analistas do Bradesco também citaram um ajuste nos mercados, mas ressaltaram que “vetores de melhora continuam presentes diante do processo de reabertura das economias e da percepção de que o pior ficou para trás”.

Na B3, o dólar futuro tinha ganho de 1,41%, a R$ 4,8960 , às 17h19.

A cotação vinha de 11 quedas dentre 14 pregões e na véspera acumulou baixa de 17,73% desde a máxima recorde de fechamento –de R$ 5,9012, alcançada em 13 de maio.

Também na segunda, a divisa rompeu pela primeira vez desde janeiro a média móvel de 100 dias, indicador técnico acompanhado de perto pelo mercado que, se tocado, pode atrair compras.

No exterior, o dólar subia contra outras divisas emergentes neste pregão, também após dias de perdas. No mercado de ações, o índice S&P 500 da Bolsa de Nova York fechou em queda, e o brasileiro Ibovespa pôs fim a uma série de sete altas consecutivas.

Para Ettore Marchetti, sócio e cofundador da Trafalgar Investimentos, o câmbio no atual patamar não parece estar desnivelado em relação ao equilíbrio de curto prazo, o que pode reduzir o espaço para quedas adicionais daqui para frente.

Além disso, ele chama atenção para o risco de novamente o tema política monetária influenciar as cotações, já que, em sua avaliação, o Banco Central ter soado mais “dovish” –em linhas gerais, inclinado a mais cortes de juros– do que antes.

“É uma novidade de política monetária chance de o juro ir a 2%”, afirmou. A desvalorização do real nos últimos tempos tem sido associada também à queda nas taxas de retorno da renda fixa brasileira, na esteira do declínio da taxa básica de juros (Selic) a mínima recordes e ao aumento da percepção de risco para o país. A Selic está em 3% ao ano.

“Taticamente, estamos comprados em dólar, porque o equilíbrio de curto prazo está mais para R$ 5,10, R$ 5,15”, completou.

Ainda sobre política monetária, o foco dos mercados na quarta se volta para o Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos). Não se esperam grandes mudanças nas medidas atuais, mas investidores vão analisar com lupa avaliações dos membros do BC norte-americano sobre a atividade econômica e talvez o rali dos mercados nas últimas semanas.

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