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Economia

Demanda por crédito recua pelo 15% no primeiro semestre de 2023

Bancos e financeiras são os principais responsáveis pela queda

A demanda por crédito no Brasil acumula um recuo de 15% no primeiro semestre deste ano, quando comparada ao mesmo período de 2022. A maior perda registrada foi no segmento bancos e financeiras, que teve queda de 18% no período, seguido por serviços (-10%) e varejo (-9%). Os dados são do Índice Neurotech de Demanda por Crédito (INDC), que mede mensalmente o número de solicitações de financiamentos nos segmentos de varejo, bancos e serviços.

Na comparação mensal, junho também teve desempenho negativo, com queda de 8% sobre maio. A demanda dos bancos e financeiras demonstrou perda de 10% e o varejo de 5%. Já o setor de serviços obteve leve melhora com alta de 1%. Os dados confirmam o cenário de cautela na concessão de crédito, que vem demonstrando queda mês a mês com alguns soluços de melhora, como ocorreu em março e maio.

Para Breno Costa, diretor da Neurotech e responsável pelo indicador, o impacto negativo na demanda está relacionado à contração da oferta de crédito, que ocorreu por conta da elevada inadimplência. “Com o aumento dos riscos e perdas, as instituições financeiras colocaram o pé no freio na oferta de crédito. As campanhas de marketing foram reduzidas e ocorreu uma maior seletividade dos canais de distribuição. Ao receberem menos ofertas, as pessoas tendem a buscar menos crédito”, explica.

Quando comparado junho de 2023 com o mesmo mês de 2022, o INDC registra queda de 6%. O setor financeiro teve redução de 17%, serviços alta de 22% e varejo de 21%. Para Costa, a recuperação recente do varejo é animadora, pois mostra que o setor está reagindo e o crédito está acompanhando. “No caso de bancos e financeiras, a cautela permanece, mesmo porque eles têm mais recursos e um arsenal de produtos maior para trabalhar a própria carteira de clientes que já tende a ser grande pela maior envergadura destas instituições”, afirma.

No varejo, o ranking do INDC por segmento em relação a maio, ficou assim. Destaque para o setor moveleiro, com alta de 42%, categoria outros (10%) e lojas de departamentos (4%). Vestuário não teve variação. Já no campo negativo ficaram eletroeletrônicos (-15%%) e supermercados (-8%).

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