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Economia

CNI: brasileiros esperam melhora na saúde, educação e emprego no próximo governo

Quando se fala especificamente na economia, a prioridade dos brasileiros nos próximos dois anos é a geração de empregos, apontada por 44% dos entrevistados.

Alguns brasileiros ainda não sabem em quem vão votar, mas eles já sabem o que próximo governante precisa priorizar para melhorar a situação do país. Saúde, educação e geração de empregos são, na visão do eleitor, as prioridades para o país nos próximos quatro anos.

De acordo com a rodada de opinião pública da pesquisa Agenda de Prioridades, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), essas áreas devem ser, respectivamente, as principais políticas públicas do governo eleito para 43%, 34% e 21% dos brasileiros. A pesquisa ouviu 2.030 brasileiros com mais de 16 anos, entre 16 e 21 de agosto, nas 27 unidades da Federação.

Outra pergunta feita aos entrevistados foi sobre as áreas que mais melhoraram nos últimos quatro anos. Para 42% dos entrevistados, a resposta foi “nenhuma área”. Na sequência, aparecem educação e saúde, ambas com 7%, geração de emprego (6%), programas sociais (5%), infraestrutura/obras (5%) e segurança (4%).

Segundo o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, o Brasil precisa avançar ainda mais para voltar a crescer de forma sustentada, elevar a renda média da população e colocar-se entre os países mais desenvolvidos.

“Melhorar a qualidade da educação formal e ampliar a oferta do ensino profissional é fundamental para que os jovens se preparem adequadamente para atender às novas exigências do mercado de trabalho e possam enfrentar os crescentes desafios da era do conhecimento”, afirma.

Prioridade na economia

Quando se fala especificamente na economia, a prioridade dos brasileiros nos próximos dois anos é a geração de empregos, apontada por 44% dos entrevistados – somadas a primeira e segunda escolhas.

A redução de impostos e a redução da desigualdade social/pobreza vêm na sequência (com 26% das respostas cada), junto com o combate à inflação (24%), seguidos pelo controle dos gastos públicos (14%) e redução da taxa de juros (13%).

Os entrevistados também apontam os principais caminhos para geração de emprego. A redução dos impostos sobre a folha de pagamento aparece em 39% das respostas, juntamente com o fortalecimento de programas de capacitação profissional apontado por 38% da população – ambos percentuais são a soma das primeiras e segunda opções.

Em seguida está a liberação de crédito para empresas investirem e/ou expandirem a capacidade produtiva, com 33% de respostas e a realização de novos aperfeiçoamentos na legislação trabalhista, apontados por 22% dos entrevistados.

“Para vencer as altas taxas de desemprego, que implicam um verdadeiro flagelo social, que atinge quase 10 milhões de trabalhadores, o Brasil precisa voltar a crescer de maneira mais consistente e superar alguns obstáculos estruturais. Entre eles, estão a precária qualificação da mão de obra, o elevado nível de informalidade das empresas, a baixa qualidade da educação e a reduzida produtividade”, afirma Robson Andrade.

A pesquisa mostra que os brasileiros estão otimistas com o futuro da economia, mas tem uma avaliação negativa da situação atual. Quase metade da população (49%) avalia a situação atual da economia brasileira como ruim ou péssima, enquanto 15% a consideram ótima ou boa. Mas a expectativa de dias melhores alcança 59% dos entrevistados, que acreditam que a situação da economia vai melhorar muito ou um pouco nos próximos dois anos. Por outro lado, 17% consideram que o futuro vai piorar um pouco ou muito.

Saúde

A saúde pública foi considerada a principal prioridade do presidente eleito para 43% dos brasileiros. Essa preocupação com o tema também se reflete na análise sobre as áreas que mais pioraram. Uma em cada três pessoas escolheram a saúde entre as duas áreas que mais pioraram nos últimos quatro anos. Foi a área mais lembrada.

Para melhorar o setor, a população coloca entre as maiores prioridades contratar mais médicos e enfermeiros (31%), construir novos hospitais e postos de saúde (21%), melhorar as condições dos hospitais e postos de saúde (21%) e qualificar melhor os médicos e enfermeiros (19%).

Educação

A pesquisa também mostra que na educação os brasileiros querem que o governo priorize o desenvolvimento profissional dos professores e as estruturas dos centros de ensino. Uma em cada quatro pessoas acha que uma das prioridades é melhorar a capacitação (26%) e aumentar o salário (23%) dos professores. Além disso, é preciso melhorar as condições dos estabelecimentos de ensino (17%) e construir mais escolas e creches (13%).

Para três em cada quatro brasileiros, os gastos destinados à educação são insuficientes. Mesmo assim, 72% dos brasileiros acreditam que a qualidade do serviço deveria ser melhor com o recurso investido atualmente.

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