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Brasil

Votação sobre suspeição de Moro em processos de Lula é interrompida com placar de 2 a 2

Ministro Nunes Marques pediu vista para analisar melhor o processo; em 2018, Cármen Lúcia e Fachin votaram contra o pedido de Lula, mas ainda podem mudar o voto. Hoje, Gilmar Mendes e Lewandoswki votaram a favor.

O ministro Kassio Nunes Marques pediu vista do processo que analisa a suspeição do ex-juiz da Lava Jato Sergio Moro, no do STF (Supremo Tribunal Federal). A Segunda Turma da corte analisa a
atuação de Moro durante o processo que condenou Lula por receber um tríplex no Guarujá como propina.

“Todos os demais membros da Segunda Turma já são senhores no conteúdo deste processo. Já o
conhecem e não teriam dificuldade de votar mesmo com processo sendo pautado com exíguo espaço
de tempo. Então, senhor presidente, peço as devidas escusas a Vossas Excelências, mas preciso pedir vista para analisar o conteúdo desse processo”, disse Nunes Marques.

O processo estava sob vistas do presidente da Turma, Gilmar Mendes, desde dezembro de 2018 e foi devolvido a julgamento hoje. O ministro Nunes Marques pediu vista, quando se retira o processo de julgamento para formar opinião sobre o tema, e se desculpou. Não há data definida para a devolução do pedido de vista.

Com isso, o julgamento foi adiado. Hoje votou Gilmar Mendes e o placar está em 2 a 2. Além de Edson Fachin, que é o relator do processo, Cármen Lúcia já havia votado em 2018 a favor do ex-juiz Sergio Moro. Mesmo com o pedido de Nunes Marques, Ricardo Lewandowski pediu para adiantar o voto, pela suspeição de Moro.

Ontem, Fachin anulou todas as condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e
remeteu esses processos da Lava Jato à Justiça Federal do Distrito Federal. Ainda não foram
distribuídos, mas os dois casos relacionados ao Instituto Lula, Sítio de Atibaia e Tríplex do Guarujá vão tramitar ou na 10ª Vara ou na 12ª Vara da capital.

A Segunda Turma, presidida por Gilmar Mendes, é onde correm os processos relacionados à Lava
Jato. À época do pedido de suspeição, em 2018, a Turma ainda contava com Celso de Mello, que se
aposentou ano passado. Ele foi substituído por Nunes Marques, indicado por Jair Bolsonaro (sem
partido).

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