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Tentativas de golpe com biometria facial e documento falso aumentam quase 30% em um ano. Veja como se proteger

Indicador de Tentativas de Fraude da Serasa Experian mostra que ocorrências do tipo ultrapassaram 2,3 milhões entre janeiro e maio deste ano.

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Entre janeiro e maio deste ano, mais de 2,3 milhões de tentativas de fraude envolvendo biometria facial e o uso de documentos foram barradas por sistemas de autenticação, segundo o Indicador de Tentativas de Fraude da Serasa Experian. O número representa 41,2% de todas as fraudes evitadas no período e aponta um crescimento de 28,3% em 12 meses — uma média de 11 tentativas por minuto.

Nesses golpes, os criminosos costumam se passar por empresas ou representantes de serviços públicos, solicitando fotos do rosto ou de documentos sob o pretexto de supostos cadastros. Há também casos em que criam sites falsos ou enviam QR codes e links maliciosos que acionam a câmera do celular para capturar a biometria da vítima. Com essas imagens, combinadas a dados vazados, tentam burlar os processos de autenticação.

O diretor de Autenticação e Prevenção à Fraude da Serasa Experian, Caio Rocha, destaca que os golpistas têm se aproveitado da confiança em tecnologias legítimas de autenticação facial e verificação documental para aplicar fraudes cada vez mais sofisticadas. Ele diz que há casos em que são utilizados até selfies publicadas em redes sociais das vítimas.

— A partir de selfies e imagens de documentos pessoais, muitas vezes coletadas diretamente de redes sociais ou mensagens privadas, criminosos se passam por outras pessoas e conseguem liberar empréstimos, abrir contas bancárias ou contratar serviços financeiros sem o conhecimento da vítima. Fotos e documentos pessoais usados para confirmar a identidade são como uma senha e precisam ser protegidos da mesma maneira — diz.

E as empresas?

Segundo Rocha, a responsabilidade pela proteção da identidade não é apenas do consumidor. As empresas também precisam estar atentas e adotar medidas de prevenção que identifiquem comportamentos suspeitos logo no primeiro contato do usuário.

— Imagine que a captura biométrica foi realizada em um celular que nunca havia sido associado àquela pessoa, e a primeira ação foi solicitar um empréstimo. Suspeito, não é? Esse tipo de análise de contexto é indispensável para bloquear fraudes antes que elas se concretizem — afirma

Como se proteger

Nunca envie fotos do rosto ou gravações de voz por aplicativos de mensagem, redes sociais ou e-mail, principalmente para pessoas que não de sua confiança;

Não permita que tirem sua foto ou escaneiem seus documentos sem motivo claro e legítimo, e fora de ambientes físicos e digitais seguros;

Desconfie de abordagens inesperadas com pedidos de “atualização de cadastro”;

Cadastre a biometria facial apenas em apps e sites oficiais e seguros;

Verifique se o aplicativo ou empresa realmente utiliza biometria como método de autenticação;

Atualize sempre o sistema do celular, pois versões mais recentes corrigem falhas de segurança;

Utilize autenticação em dois fatores sempre que possível.


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