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Brasil

Rendimento médio subiu 16,6% na Região Norte, aponta PNAD Contínua 2022

As Regiões Norte e Nordeste continuaram com as maiores proporções de domicílios com beneficiários de programas sociais em 2022.

Entre 2021 e 2022, o rendimento médio mensal real domiciliar per capita aumentou 16,6% na Região Norte, de R$ 940 para R$ 1.096, o segundo menor do País em 2022, acima apenas do da Região Nordeste. É o que mostram os dados da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua 2022, do IBGE, divulgados nesta quinta-feira (11/05).

Na Região, só 55,9% das pessoas possuíam algum tipo de rendimento em 2022, o menos percentual do País. Do total de pessoas residentes no Brasil em 2022, 134,1 milhões (62,6%) possuíam algum tipo de rendimento. O percentual de pessoas com algum tipo de rendimento na população do país subiu de 59,8% em 2021 para 62,6% em 2022. Houve crescimento em todas as regiões e o Sul teve a maior estimativa (67,0%).

O índice de Gini – usado para medir o grau de concentração de renda, que varia de zero (perfeita igualdade) até um (desigualdade máxima), melhorou na Região Norte. Passou de 0,481 para 0,487. É o segundo pior do País.

A Região Nordeste se manteve com o maior índice de Gini em 2022 (0,517), ao passo que a Região Sul apresentou o menor índice (0,458). Entre 2021 e 2022, a desigualdade medida pelo Gini diminuiu em todas as Grandes Regiões, sobretudo nas Regiões Nordeste (de 0,556 para 0,517) e Sudeste (0,533 para 0,505), onde o índice de Gini chegou ao menor valor da série, o que também ocorreu na Região Centro-Oeste (0,493).

A análise da concentração de renda por meio da distribuição das pessoas por classes de rendimento domiciliar per capita mostrou, em 2022, que as pessoas que estavam no último percentil de rendimento, ou seja, aquelas que faziam parte do 1% da população com rendimentos mais elevados (cujo rendimento médio mensal real era R$ 17.447) recebiam, em média, 32,5 vezes o rendimento da metade da população com os menores rendimentos (cujo rendimento médio mensal real era R$ 537).

Em termos regionais, observou-se que a Região Nordeste apresentou a maior razão (37,4 vezes), seguida pela Região Norte (31,4 vezes), ao passo que a Sul continuou a apresentar a menor razão (21,5 vezes). Entre 2021 e 2022, essa razão se reduziu em todas as Grandes Regiões, com destaque para as Regiões Nordeste (-6,4 vezes) e Sudeste (-6,0 vezes).

As Regiões Norte e Nordeste continuaram com as maiores proporções de domicílios com beneficiários de programas sociais em 2022: respectivamente, 29,1% e 33,8%, recebiam rendimento do Auxílio Brasil; 5,5% e 5,3%, recebiam rendimento do BPC-LOAS; e 2,9% e 2,1%, recebiam rendimento de outros programas sociais.

A PNAD mostra que o rendimento médio da população brasileira subiu 6,9% em 2022, puxado pelo Auxílio Brasil (que voltou a ser chamado de Bolsa Família) e pela melhora no mercado de trabalho. No ano eleitoral, o valor do Auxílio Brasil foi elevado para R$ 600, e o número de beneficiários saltou para 21,6 milhões.

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