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Presidente do Ibama afirma que órgão será duro contra queimadas na Amazônia, com mais brigadistas e embargo remoto

Rodrigo Agostinho detalhou o plano contra as queimadas

Vista aérea de área queimada na Amazônia, perto de Apuí, no Amazonas. (Foto: Ueslei Marcelino/Reuters)

A Amazônia entrou no período mais crítico para a devastação ambiental, a estação seca, que vai de maio a junho. É quando grandes incêndios florestais engolem vastas porções das florestas. Sabotado durante o governo Jair Bolsonaro (PL), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) terá de retomar o combate às queimadas enquanto passa por uma reestruturação.  As informações são do Brasil de Fato.

“Aumentamos a contratação de brigadistas. Vamos chegar a um aumento de 18% comparado ao ano passado. São mais de 2 mil pessoas que vão estar trabalhando na prevenção e no combate a incêndios florestais”, afirmou o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, em entrevista exclusiva ao Brasil de Fato, disponível na íntegra a seguir.

O reforço na equipe de brigadistas visa compensar o déficit de funcionários na era Bolsonaro, quando a verba para a contratar pessoas que combatem o fogo in loco chegou a cair 58%. Uma vitória do crime ambiental, já que no bioma os incêndios estão associados à “limpeza” da vegetação para substituí-la por pastagens.

Segundo Agostinho, o Ibama prepara um plano de combate a queimadas específico para o bioma. A floresta vive uma “ressaca” dos últimos quatro anos de devastação quase sem restrições. O desmatamento cresceu 60% entre 2019 e 2022. Com o aumento de áreas degradadas, diminuem as barreiras naturais contra o fogo.

Uma das ferramentas que prometem auxiliar no controle de queimadas é o embargo remoto. Abandonado sob Bolsonaro, o procedimento consiste em fazer o monitoramento por satélite e punir os proprietários de áreas com incêndios florestais.

“Nas áreas que tiverem queimadas ilegais, as pessoas serão autuadas e as áreas serão embargadas. Ou seja, se a pessoa usar o fogo para aumentar a área de utilização das propriedades, essa área ficará impossibilitada de ser utilizada”.

Outro desafio ao Ibama será o El Niño, que aquece de maneira anormal as águas do oceano Pacífico. Com ele, o verão amazônico promete ser ainda mais seco e mais quente do que o normal, propiciando a rápida disseminação dos incêndios.

Leia a entrevista completa no Brasil de Fato.

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