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Presidente da Fiesp diz que manifesto foi prorrogado à espera de novas adesões; leia o texto

A Fiesp prepara um documento para ser publicado na próxima semana em defesa da pacificação nacional entre os Três Poderes.

O presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf, disse à CNN Brasil que a publicação de manifesto solicitando a harmonia entre os Três Poderes foi prorrogada com o objetivo de permitir novas adesões.

Na última quinta-feira (26), a entidade empresarial enviou o documento a empresas e associações, solicitando um prazo de resposta até a última sexta-feira (27).

Ao todo, o manifesto teve 200 adesões, mas houve pedidos para que o período de inscrição fosse estendido até o final desta semana, já que algumas entidades precisavam consultar seus integrantes e acionistas. A novo prazo foi decidido nesta segunda-feira (30).

A ideia é que o manifesto de página dupla, com uma fotografia dos prédios dos Três Poderes, seja divulgado em página dupla em veículos de comunicação. Ele solicita a harmonia e a pacificação do país com o objetivo de permitir um crescimento sustentável e a geração de empregos.

“O manifesto em defesa da pacificação e harmonização teve uma adesão em um só dia de 200 instituições brasileiras. E outras disseram que gostariam de participar, mas precisavam de mais prazo. Por essa razão, foi aberto período maior para adesões”, disse Skaf.

A ideia é que, finalizado o novo prazo, seja definida a data de publicação na próxima semana. No grupo de signatários, há entidades que defendem a publicação até terça-feira (7), quando são programadas manifestações pelo país em defesa do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

A abertura de um novo prazo de adesões tem sido criticada no Congresso Nacional. Para integrantes da oposição, trata-se de uma desculpa para que o documento fique para depois do Dia da Independência, em uma tentativa de que o documento não desestimule a presença de pessoas nos protestos.
Íntegra do manifesto

Leia na íntegra a versão do documento que circulava entre os empresários no início da tarde desta segunda-feira:

“A praça dos três Poderes encarna a representação arquitetônica da independência e harmonia entre o Legislativo, o Executivo e o Judiciário, essência da República. Esse espaço foi construído formando um triângulo equilátero, cujos vértices são os edifícios-sede de cada um dos poderes.

Esta disposição deixa claro que nenhum dos prédios é superior em importância, nenhum invade o limite dos outros, um não pode prescindir dos demais. Em resumo, a harmonia tem de ser a regra entre eles.

Este princípio está presente de forma clara na Constituição Federal, pilar do ordenamento jurídico do país. Diante disso, é primordial que todos os ocupantes de cargos relevantes da República sigam o que a Constituição nos impõe.

As entidades da sociedade civil que assinam este manifesto veem com grande preocupação a escalada de tensões e hostilidades entre as autoridades públicas.

O momento exige de todos serenidade, diálogo, pacificação política, estabilidade institucional e, sobretudo, foco em ações e medidas urgentes e necessárias para que o Brasil supere a pandemia, volte a crescer, a gerar empregos e assim possa reduzir as carências sociais que atingem amplos segmentos da população.

Mais do que nunca, o momento exige do Legislativo, do Executivo e do Judiciário aproximação e cooperação. Que cada um atue com responsabilidade nos limites de sua competência, obedecidos os preceitos estabelecidos em nossa Carta Magna. Este é o anseio da Nação brasileira.

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