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Presidente da CPI quer ouvir Lulinha para esclarecer depoimento de testemunha sobre suposto lobby a favor de Careca do INSS

Comissão não recebeu provas que confirmam o relato e está em busca de mais informações para aprofundar o caso.

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O presidente da CPI do INSS, senador Carlos Viana (Podemos-MG), afirmou que o colegiado quer ouvir Fábio Luís Lula da Silva, filho do presidente Lula conhecido como Lulinha, para esclarecer o depoimento de uma testemunha sobre um suposto lobby a favor do empresário Antônio Carlos Camilo Antunes, o Careca do INSS. Um requerimento para convocar Lulinha será votado nesta quinta-feira na comissão.

De acordo com o senador, a testemunha afirmou que Lulinha recebeu R$ 25 milhões para ajudar em licitações para a venda de canabidiol ao Ministério da Saúde. O relato, segundo o parlamentar, foi feito à Polícia Federal por Edson Claro, ex-funcionário do Careca do INSS. A informação foi antecipada pelo portal Poder 360. A defesa do empresário afirmou que não tem conhecimento sobre o caso. Procurados, Lulinha e a pasta ainda não se manifestaram.

O presidente da CPI acrescentou que, segundo o depoimento, empresas foram criadas em paraísos fiscais com o objetivo de participar das concorrências, que seriam fraudadas. A comissão, porém, não recebeu provas que confirmam o relato e está em busca de mais informações para aprofundar o caso.

— A testemunha nos disse que o total repassado seria de 25 milhões. Seriam concorrências fraudadas. Teriam contratado o lobby do filho do presidente para este tipo de ação. É importante ouvi-lo para entender que esquema é esse e até para absolve-los, se for o caso — afirmou Viana.

O ex-funcionário do Careca do INSS foi ouvido de maneira informal pelo presidente da comissão e o relator, Alfredo Gaspar (União-AL), em São Paulo, antes de prestar depoimento na PF.

Há registros de entrada do Careca no Ministério da Saúde em 2024 e 2025 como CEO da World Cannabis, que seria a empresa interessada a fechar negócios com o ministério na área de canabidiol. Em janeiro deste ano, o empresário chegou a ter uma agenda com o então secretário-executivo, Swedenberger do Nascimento Barbosa, ligado ao PT e que atualmente está lotado no gabinete pessoal do Presidente da República.


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