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Brasil

Presidente alemão anuncia 35 milhões de euros “imediatos” para o Fundo Amazônia

Iniciativa foi recebida como um sinal imediato de cooperação e apoio ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O presidente Frank-Walter Steinmeier anunciou que a Alemanha decidiu que 35 milhões de euros do orçamento alemão, serão liberados para o Fundo Amazônia, como um sinal imediato de cooperação e apoio ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A Alemanha é o maior parceiro socioambiental do Brasil. A Noruega é o maior doador do Fundo Amazônia.

O Fundo foi desmontado pelo ex-ministro do meio ambiente Ricardo Salles, logo no início da gestão Bolsonaro. Salles, agora eleito deputado federal (PL-SP), quis modificar os conselhos do Fundo Amazônia, retirando os representantes da sociedade civil e aumentando o poder do governo federal.

Os dois países doadores não concordaram e entenderam que tratava-se de uma quebra do acordo. Os recursos foram congelados ou retidos. Há hoje cerca de R$ 3,5 bilhões no fundo que recompensa o Brasil por seus esforços em conter o desmatamento.

“O presidente Lula anunciou que quer parar o desmatamento da Amazônia até 2030. Sabemos que isso implicará em conflitos com vários interesses na América do Sul”, disse Steinmeier, que foi ministro das Relações Exteriores no governo de Gehrard Schröder.

“Em primeiro lugar, há milhares de garimpeiros ilegais que estão na floresta tropical e na gestão Bolsonaro tiveram liberdade de atuar”, citou. “São vários conflitos que irão acontecer. Mas o presidente Lula está decidido a integrar a comunidade internacional na luta contra a mudança climática”.

“Depois da conversa com o presidente Lula, tenho a impressão que se justifica otimismo quanto ao desenvolvimento das relações comerciais entre a América Sul e a Europa”, adiantou. Ontem os dois presidentes tiveram uma reunião bilateral.

“O presidente Lula deixou muito claro que irá reverter o que foi feito pelo seu antecessor e voltará às negociações sobre o acordo UE-Mercosul”, disse.

O acordo foi bloqueado nos parlamentos europeus em função da ruína ambiental da gestão Bolsonaro e da escalada do desmatamento da floresta.

“É muito bom saber que o Brasil está de volta no palco internacional”, seguiu. “Precisamos do Brasil e precisamos que o Brasil assuma a liderança”.

“É um momento muito dinâmico na América do Sul e estou muito feliz em estar aqui, na posse do presidente Lula. Também poderei conversar com os presidentes da Colômbia, do Chile e da Bolívia e falar sobre o desenvolvimento político na região”, adiantou.

Antes de embarcar no sábado, Steinmeier disse que seu país está pronto para reconstruir laços com o Brasil e dar ao novo presidente “o melhor apoio possível em seus ambiciosos planos de proteger a floresta tropical”.

“Minha visita visa dar um impulso para o reinício das relações bilaterais entre nossos países”, disse Steinmeier, em Berlim. A viagem, segundo ele, servirá para impulsionar “nosso objetivo comum de proteger do desmatamento da floresta amazônica”, relatou a agência alemã DW.

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