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Brasil

Pesquisa: maioria no Norte e Centro-Oeste discorda de apoio do presidente a atos contra o Congresso

Instituto Paraná perguntou a 2.002 pessoas, em todo Brasil, se “é certo ou errado o presidente da República apoiar atos contra o Congresso Nacional, ou seja, deputados e senadores”.

Uma pesquisa do Instituto Paraná, realizada entre os dias 4 a 6 de março, perguntou a 2.002 pessoas, em todo Brasil, se “é certo ou errado o presidente da República apoiar atos contra o Congresso Nacional, ou seja, deputados e senadores”. O resultado, nas regiões Norte e Centro-Oeste: 51,0% acham errado, 42,2% acham certo e 6,8% não opinaram.

O Instituto também perguntou: O fato do presidente apoiar atos contra o Congresso Nacional, ou seja, contra deputados e senadores isto é bom ou ruim para o País? Nas duas regiões, o resultado foi: 56,2% acham ruim, 37,5% acham bom e 6,3% não opinaram. A margem de erro, para os resultados no Norte e Centro-Oeste é de 5,5%.

No resultado nacional, 52,2% dos entrevisados acham errado o presidente apoiar atos contra o Congresso e 40,0% acham certo. O fato do Presidente apoiar atos contra o Congresso é considerado ruim por 57,1% e bom por 35,0%. A Paraná Pesquisas encontra-se registrada no Conselho Regional de Estatística da 1ª, 2ª, 3ª, 4ª, 5ª, 6ª e 7ª Região sob o nº 3122/19.

O trabalho de levantamento de dados foi feito através de entrevistas telefônicas com habitantes com 16 anos ou mais em 26 Estados e Distrito Federal e em 160 municípios brasileiros, sendo auditadas simultaneamente à sua realização, 20,0% das entrevistas. A amostra representativa do Brasil atinge um grau de confiança de 95,0% para uma margem estimada de erro de aproximadamente 2,0% para os resultados gerais.

Nas análises das questões por localidade, o grau de confiança atinge 95,0% para uma margem de erro de 3,5% para o estrato da Região Sudeste, onde foram realizadas 872 entrevistas, 4,0% para o estrato da Região Nordeste, onde foram realizadas 539 entrevistas, 5,5% para o estrato da Região Norte + Centro-Oeste onde foram realizadas 300 entrevistas e 5,5% para o estrato da Região Sul, onde foram realizadas 291 entrevistas.

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) convocou a população a participar das manifestações marcadas para o dia 15 de março. Em um discurso feito em Boa Vista (RR), ele incentivou a população a participar dos atos, chamados por ele de “um movimento de rua espontâneo”. “Quem diz que é um movimento popular contra a democracia está mentindo e tem medo de encarar o povo brasileiro”, disse o presidente.

Apoiadores do movimento têm feito convocações para o ato com palavras de ordem, hashtags e panfletos virtuais que atacam as instituições democráticas e chegam até a pedir intervenção militar e a prisão de Rodrigo Maia (DEM), presidente da Câmara e o fechamento do Supremo Tribunal Federal (STF). Um desses materiais usa imagens de generais e insinua que as forças armadas aguardam apoio popular para intervir.

A convocatória foi rechaçada pelo general Santos Cruz, ex-ministro-chefe da Secretaria de Governo de Bolsonaro. “Exército – instituição de Estado, defesa da pátria e garantia dos poderes constitucionais, da lei e da ordem. Não confundir o Exército com alguns assuntos temporários. O uso de imagens de generais é grotesco”, escreveu, finalizando com o destaque de que “manifestações dentro da lei são válidas”.

Outra pesquisa, divulgada nesta terça-feira pelo jornal O Estado de São Paulo (Estadão), realizada pela Quaest Consultoria, mostra que os brasileiros rejeitam medidas extremas como solução para os impasses políticos atuais: 50% dos entrevistados são contra fechar o Congresso Nacional, 33% se disseram a favor da medida radical e 17% não quiseram ou não souberam responder.

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