Pesquisa Genial/Quaest: Eleitores têm mais medo de volta de Bolsonaro do que de novo mandato de Lula

A nova pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quinta-feira, mostra que eleitores têm numericamente mais medo do retorno do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao poder do que da continuidade de Lula (PT) na presidência. O levantamento também comparou a intenção de voto entre os dois adversários, mostrando que o petista se mantém na frente do nome do PL por uma diferença de quatro pontos percentuais em um eventual segundo turno.

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Segundo a pesquisa, são 44% os que dizem ter mais medo da volta de Bolsonaro à presidência, contra 41% que declaram ter um temor maior de um novo mandato para Lula. Outros 6% ficariam receosos diante dos dois cenários, enquanto 4% declararam que não seriam afligidos por nenhum dos dois nomes. Os 5% restantes não souberam ou não responderam.

O levantamento também indicou que Lula sairia na frente em uma eventual reedição da disputa de segundo turno entre os dois. O petista teria 44% dos votos, contra 40% de seu antecessor, que segue inelegível por determinação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Trata-se, no entanto, de um empate técnico, considerando a margem de erro estimada em dois pontos percentuais para mais ou menos.

Apesar de manter o favoritismo diante de Bolsonaro e outros nomes da direita, Lula também enfrenta a resistência da opinião pública sobre possibilidade de disputar por um novo mandato. Perguntados se o petista deveria concorrer à reeleição em 2026, 62% dos entrevistados disseram que “não”, ante os 52% que eram contra no fim do ano passado. Já os que apoiariam as chances dele pleitear novamente o comando do Planalto novamente decaíram de 45% para 35%.

Além disso, a pesquisa mostra que a maior rejeição à chance de um quarto mandato coincide com a alta da desaprovação do governo, que descolou do índice de aprovação em um nível inédito para a atual gestão. São 56% os que desaprovam a administração petista, contra 41% que o avaliam positivamente — as taxas eram de 49% e 47%, respectivamente, na pesquisa anterior, de janeiro.

O instituto entrevistou presencialmente 2.004 eleitores de 16 anos ou mais entre 27 e 31 de março. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais para mais ou menos, para um índice de confiança de 95%.