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Brasil

Número de mortes causadas por passagem de ciclone no Rio Grande do Sul sobe para 47

O número de desaparecidos também é de 46, divididos em 3 municípios do Rio Grande do Sul. Até o momento, foram resgatadas 3.130 pessoas. Foram afetados 93 municípios.

Centenas de pessoas ainda estão desabrigadas. (Foto:Reprodução)

A Defesa Civil do Rio Grande do Sul divulgou, neste domingo (10), que o número de vítimas provocadas pelas fortes chuvas causadas pela passagem de um ciclone extratropical no estado chegou a 46.

Com uma morte confirmada em Santa Catarina, o total de óbitos na região Sul subiu para 47.

As informações foram divulgadas às 18h30 deste domingo. O anúncio trouxe a confirmação da 44ª, 45ª e 46ª mortes no estado: em Roca Sales, Bom Retiro do Sul e Colinas. Veja o balanço completo:

Cruzeiro do Sul: 5
Encantado: 1
Estrela: 2
Ibiraiaras: 2
Imigrante: 1
Lajeado: 3
Mato Castelhano: 1
Muçum: 16
Passo Fundo: 1
Roca Sales: 11
Santa Tereza: 1
Bom Retiro do Sul: 1
Colinas: 1

O número de desaparecidos também é de 46, divididos entre os seguintes municípios:

Lajeado: 8
Arroio do Meio: 8
Muçum: 30

Até o momento, foram resgatadas 3.130 pessoas. Foram afetados 93 municípios.

O número de desabrigados é de 4.794 e desalojados é de 20.490. O número de afetados pelos fenômenos naturais no estado é de 340.918, deixando 924 pessoas feridas.

Os conceitos de desabrigado e desalojado são diferentes. Desabrigado é aquele que perdeu a casa e está em um abrigo público. O desalojado teve de deixar sua casa –não necessariamente a perdeu– e não está em abrigos, mas sim na casa de um parente, amigo ou conhecido, por exemplo.

R$ 741 milhões de recursos federais

O presidente em exercício, Geraldo Alckmin, anunciou que o governo federal destinará R$ 741 milhões em recursos para as regiões afetadas pelas chuvas provocadas pela passagem de um ciclone extratropical no Rio Grande do Sul.

Alckmin sobrevoou os municípios do Vale do Taquari, área que concentra os maiores estragos, e afirmou que o desastre natural que atingiu o Rio Grande do Sul será prioridade máxima do governo a pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“O presidente Lula nos orientou para [dar] prioridade absoluta, prioridade máxima nesta parceria com a população e com a região”, citou Alckmin.

Ele foi acompanhado na viagem por uma equipe interministerial e o do governador do estado, Eduardo Leite (PSDB).

Veja a relação de ministros que viajaram para o estado:

Nísia Trindade, ministra da Saúde;
Marina Silva, ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima;
Paulo Pimenta, ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social;
José Múcio Monteiro, ministro da Defesa;
Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome;
Waldez Góes, ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional;
Paulo Teixeira, ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar;
Jader Filho, ministro das Cidades.

O ministério que mais destinará recursos às áreas afetadas é o das Cidades, que custeará a construção de moradias na região com R$ 195 milhões. Em seguida vem o da Integração, que gastará R$ 185 milhões para dar ajuda humanitária e ajudar na reconstrução dos municípios atingidos pelas chuvas.

Entre outras ações, o governo também falou em reconstruir as unidades básicas de saúde (UBS), refazer uma ponte da BR-116 sobre o Rio das Antas e liberar um auxílio de R$ 800 por pessoa, em duas parcelas de R$ 400, para os municípios afetados.

Alckmin anunciou ainda que a pasta da Comunicação Social, em conjunto com a Telebras, atuou para reestabelecer a telefonia na região, transferindo 13 terminais de satélite.

O estado tem ainda 3.798 pessoas desabrigadas, além de 11.642 desalojados. Cerca de 150.341 pessoas foram afetadas pelo desastre.

Os conceitos de desabrigado e desalojado são diferentes. Desabrigado é aquele que perdeu a casa e está em um abrigo público. O desalojado teve de deixar sua casa — não necessariamente a perdeu —, e não está em abrigos, mas sim na casa de um parente, amigo ou conhecido, por exemplo.