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Brasil

No Rio de Janeiro, crime organizado adota medidas para combater disseminação do novo coronavírus

De acordo com matéria da agência Reuters, moradores de comunidades contaram que tráfico e milícia impuseram toque de recolher

Os bailes funk foram proibidos e o comércio tem que fechar as portas mais cedo. A preocupação com o avanço do novo coronavírus levou o tráfico e as milícias a impor toque de recolher nas favelas do Rio de Janeiro,  de acordo com matéria da agência Reuters.

Com quase 40 mil moradores, a Cidade de Deus teve um caso de Covid-19 confirmado e há outras 60 suspeitas. Nas favelas, a proximidade das moradias e as condições sanitárias aumentam o temor quanto ao crescimento da transmissão do novo coronavírus. “Às vezes, nem água a gente tem para lavar a mão corretamente”, disse Jefferson Maia, de 27 anos, morador da Cidade de Deus.

À Reuters, moradores de diferentes comunidades relataram, sob condição de anonimato, que tanto o tráfico de drogas quanto milícias impuseram medidas restritivas para diminuir a circulação de pessoas

Thamiris Deveza, médica da família que trabalha no Complexo do Alemão, disse que moradores reclamam há cerca de 15 dias sobre a falta de água. “Vivenciei também pessoas levando copo para a unidade de saúde para poder encher de álcool em gel, porque a maioria das farmácias já não tem e, quando tem, o preço é super elevado”, contou.

O prefeito da capital, Marcelo Crivella, anunciou que serão distribuídos galões de água e barras de sabão nas comunidades, e que idosos com problemas de saúde serão realocados para hotéis. Segundo ele, a prefeitura já possui 400 quartos à disposição.

O Rio de Janeiro tem 305 casos confirmados de Covid-19 e seis mortes.

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