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Brasil

Lula diz que lei valerá para ‘bandido’ que desmatar a Amazônia

Empresários do agronegócio que produzirem sem desmatar ou agredir o meio ambiente serão ‘muito bem tratados’ pelo governo, disse o presidente.

 

Na primeira reunião ministerial de seu governo, o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva mandou um recado ao ruralismo que avança sobre a Amazônia e outros biomas. Segundo o petista, o governo vai exigir “que a lei seja cumprida” contra “aqueles que quiserem teimar” em continuar desmatando e desrespeitando a lei, “invadindo o que não pode ser invadido e usando o agrotóxico que não pode ser usado”.

Lula (foto) afirmou  que “empresários de verdade” do agronegócio sabem a “necessidade da produção sem precisar ofender ou adentrar a Floresta Amazônica ou qualquer bioma”. O presidente deu a declaração após citar o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

Durante o encontro, o petista voltou a dizer que o crescimento econômico pode conviver com a proteção ambiental: “A perspectiva que nós temos de fazer com que as pessoas sérias, o homem de negócio do agronegócio, os empresários de verdade que sabem a responsabilidade da produção de alimento nesse país, que sabem a necessidade da produção sem ofender ou adentrar a floresta Amazônia ou qualquer outro bioma que tem que ser protegido. Esse empresário que produz de forma responsável será por nós muito respeitado e muito bem tratado”, disse Lula.

“Agora, aqueles que quiserem teimar em continuar desrespeitando a lei, invadindo o que não pode ser invadido. Usando o agrotóxico que não pode ser usado, esse a fora da lei imperará sobre eles e nós vamos exigir que a lei seja cumprida. Porque nesse país tudo vale. A única coisa que não vale e o cidadão bandido achar que pode desrespeitar a boa vontade da população brasileira, a nossa Constituição e a nossa legislação”, acrescentou.

“Nesse país tudo vale. A única coisa que não vale e o bandido achar que pode desrespeitar a boa vontade da população brasileira, a nossa Constituição e a nossa legislação”, disse Lula.

O presidente  disse que irá tratar “muito bem” os empresários “de verdade” do agronegócio, “as pessoas sérias que têm a responsabilidade de produzir alimento no país sem ofender ou adentrar a !oresta Amazônia ou qualquer outro bioma”. “Esse empresário que produz de forma responsável será por nós muito bem tratado”, disse Lula.

Congresso

Em discurso antes da ministerial Lula falou sobre a importância de manter uma boa relação com o Congresso Nacional.  No início de sua fala, Lula disse que o seu governo não tem “um pensamento único” ou “uma filosofia única”. “Não somos um governo de pessoas iguais, somos um governo de diferentes”, falou.

Ao se dirigir aos ministros, disse “muitos de vocês são resultados de acordo político, já que não adianta ter o melhor corpo técnico e não ter um voto no Congresso.” Ele também afirmou que vai fazer a melhor relação com o Congresso de toda sua vida política.

“É o Congresso que nos ajuda. Não mandamos no Congresso, dependemos dele”, disse.

Ele falou que “cada ministro tem que ter a paciência e a grandeza de atender bem cada deputado ou cada senador que o procurar”.

Lula disse que não quer que nenhum parlamentar recuse dar seu voto em favor do governo porque não foi bem recebido pelos ministros ou porque não recebeu “nem um cafézinho ou uma água”.

“Não tem importância que você divirja de um deputado ou de um senador, quando a gente vai conversar não estamos propondo um casamento, estamos propondo bater um martelo ou fazer uma aliança momentânea para um assunto que interessa ao povo brasileiro”, disse aos ministros.

Lula citou os líderes do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (REDE-AP), senador Jaques Wagner (PT-BA) e deputado José Guimarães (PT-CE), e disse: “Não se preocupem, vocês terão um presidente disposto a fazer tantas quantas conversas forem necessárias.”

Lula disse que vai montar um governo que reúna gente da política e gente técnica muito competente, e ressaltou que “quem fizer errado, a pessoa será convidada a deixar o governo, e se cometer algo grave terá que se colocar diante da Justiça”.

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