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Brasil

Gripe aviária: Sociedade médica recomenda que população fique longe de aves silvestres

País está em estado de emergência zoosanitária após a descoberta de cinco casos de infecção pelo vírus H5N1

Foto: Chaideer Mahyuddin/AFP

Na segunda-feira, 22, o Ministério da Agricultura e Pecuária decretou estado de emergência zoosanitária após a descoberta de novos casos de infecção pelo vírus da influenza aviária de alta patogenicidade (H5N1) no país. No total, cinco ocorrências da doença foram registradas em aves silvestres no Espírito Santo e no Estado do Rio. Dois possíveis casos em humanos estão em análise.

Vírus da gripe aviária pode se adaptar para transmissão em humanos
Para Mônica Levi, presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), a identificação inédita de casos da doença no país é uma situação de alerta devido ao risco de o vírus aviário se adaptar para a transmissão em humanos.

— Esse vírus não é novo. Ele foi detectado em 1996 na Ásia, mas em 2005 ele começou a se alastrar para outros continentes e começaram a aparecer casos em mamíferos. Até o momento, os registros em humanos estão restritos a pessoas que tiveram contato direto com aves. Ainda não há casos de transmissão entre humanos, mas como o influenza é capaz de se adaptar e sofrer mutações, isso é muito possível. Por isso a preocupação — diz Levi.

Prevenção contra a gripe aviária
A principal ação recomendada no momento do ponto de vista de saúde pública é a vigilância e controle dos animais infectados. Para a população, a médica recomenda não ter contato próximo com aves selvagens, como pássaros ou patos, e domésticas, como aquelas em galinheiros.

— O ideal é não encostar em aves, pois não sabemos qual está contaminada — orienta a médica.

Já o consumo de alimentos como carne e ovos de aves é seguro.

As informações são da Folha de Pernambuco.

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