Conecte-se conosco

Brasil

Greve na Dataprev poderá impactar andamento de pedidos de benefícios no INSS

A paralisação começou nesta terça-feira. A Dataprev é responsável pela base de dados do país, em especial, a do INSS, que processa pagamentos de cerca de 35 milhões benefícios como pensões e aposentadorias.

Os funcionários pedem à Dataprev a renovação do acordo coletivo de trabalho referente ao ano de 2020. (Foto:Divulgação/Dataprev)

Os funcionários da Dataprev (Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência) entrarão em greve em 6 dos 7 estados onde o órgão atua. Apenas o estado do Rio de Janeiro não aderiu à paralisação, informou o Sindpd (Sindicato dos Trabalhadores em Processamento de Dados e Tecnologia da Informação) que anunciou a greve nesta terça-feira, 09/03.

A empresa pública é responsável por administrar bases de dados do país, em especial, a do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) –que processa pagamentos de cerca de 35 milhões benefícios como pensões e aposentadorias– e a do CNIS (Cadastro Nacional de Informações Sociais).

A paralisação poderá impactar o andamento de pedidos de benefícios no INSS, além da distribuição de seguro-desemprego e da nova rodada de auxílio emergencial, atualmente em discussão pelo governo.​

Os trabalhadores do Distrito Federal iniciaram a greve nesta terça-feira (9), segundo o sindicato. No Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte, as atividades estão suspensas desde segunda-feira (8). Em São Paulo, a paralisação por tempo indeterminado está prevista para iniciar na sexta(12), e em Santa Catarina, na segunda-feira (15).

Os funcionários pedem à Dataprev a renovação do acordo coletivo de trabalho referente ao ano de 2020. A categoria diz que além de não ter tido reajuste salarial no ano passado, a empresa encerrou no fim de fevereiro o contrato com o plano de saúde Geap.

Segundo o presidente do Sindpd, Antonio Neto, o sindicato irá se reunir com a empresa nesta quarta (10) para definir o percentual de funcionários que deverão prestar serviços e não poderão entrar em greve. A categoria já havia feito greve em 2020, quando 90% dos funcionários pararam e 10% ficaram de contigência, diz o sindicalista. “A Dataprev tinha 27 postos de atendimento em todo o Brasil. No ano passado, fecharam 20 e mesmo com apenas sete postos os funcionários deram conta das questões do INSS e da distribuição do auxílio emergencial”, afirma.

A Dataprev, que está na lista de projetos de desestatização organizada pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), não respondeu até a publicação desta reportagem.

Clique para comentar

Faça um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

19 − 10 =