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Brasil

Folha: Equipamentos antisseca pagos com emendas definham em depósitos do governo

São dezenas de cisternas de polietileno (que os agricultores chamam de cisternas de plástico) com capacidade para 15 mil litros, além de tubos, tratores, retroescavadeiras e implementos agrícolas, como arados.

Equipamentos abandonados em depósito da Codevasf em Petrolina – Karime Xavier/Folhapress

O governo federal mantém em estoque dezenas de cisternas, caixas-d’água, tratores, implementos agrícolas e tubos de irrigação comprados com recursos de emendas parlamentares. Vários equipamentos são mantidos amontoados em depósitos da Codevasf em Petrolina (PE), a 713 quilômetros do Recife (PE), e já dão sinais de desgaste com o tempo. Alguns deles, como canos e reservatórios de água, estão lá há mais de um ano, segundo relato de moradores da região. As informações são da Folha.

Eles suspeitam que os produtos estejam sendo guardados para distribuição no ano eleitoral de 2022. O maior número de bens está em um depósito da Codevasf dedicado a um projeto de irrigação chamado Pontal Sul, que fica a cerca de 70 km do centro de Petrolina.

A Codesvasf é a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba, um dos eixos de distribuição de recursos das emendas usadas como moeda de troca política.

Com o auxílio de um drone, a reportagem da Folha verificou no local dezenas de cisternas de polietileno (que os agricultores chamam de cisternas de plástico) com capacidade para 15 mil litros, além de tubos, tratores, retroescavadeiras e implementos agrícolas, como arados. Os materiais que mais apresentam sinais de deterioração pelo tempo são centenas de canos que já mostram uma cor amarronzada.

Pedro Ronilton Alencar de Sousa, 42, é um dos agricultores que passa com frequência pelo local e lamenta que os materiais estejam estocados. “Tem muita coisa parada aí, muita coisa que era para estar nas comunidades, nas associações”, diz.

O lavrador destaca a situação dos tubos armazenados no depósito. “Pela cor do material, isso aí já está exposto há mais de um ano. Há lugares como represas, açudes, se isso fosse para as comunidades, dava para fazer uma adutora para suprir um vilarejo ou as casas mais próximas”, diz.

Leia a matéria completa na Folha.

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