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Brasil

Consumo de bebida alcoólica aumentou nas regiões Centro-Oeste e Norte durante a pandemia

De acordo com pesquisa realizada, em junho do ano passado, pela Organização Pan-americana de Saúde (Opas), o abuso de álcool durante o momento pandêmico subiu 42%

As regiões Norte e Centro-Oeste do Brasil aparecem como as áreas que lideram o aumento do consumo de bebida alcoólica durante a pandemia. Conforme pesquisa realizada no mês de março deste ano pelo instituto Paraná Pesquisas, as duas regiões somaram 23,2% dos entrevistados na amostragem.

A segunda região que aumentou o consumo de bebida alcoólica foi a Sul com 21,9%, seguida da Sudeste que obteve 19,7%. A última área do Brasil a aumentar o consumo da bebida foi a Nordeste que alcançou o percentual 18,5%.
Os entrevistados que responderam sim na amostragem 24,3% são do sexo masculino e 16,5% do sexo feminino.

No comparativo entre os meses de abril e maio de 2020, no início da pandemia, os que reconheceram que aumentaram o consumo de bebida alcoólica alcançaram os percentuais de 14,8% e 17,7%, respectivamente. Em março de 2021, estes percentuais saltaram para 20,3%.

Para a realização desta pesquisa foi utilizada uma amostra de 2.020 habitantes, sendo esta estratificada segundo sexo, faixa etária, escolaridade, nível econômico e posição geográfica. O trabalho de levantamento de dados foi feito através de questionários online com habitantes com 16 anos ou mais em 26 Estados e Distrito Federal e em 174 municípios brasileiros entre os dias 01 e 04 de março de 2021. Tal amostra representativa do Brasil atinge um grau de confiança de 95,0% para uma margem estimada de erro de aproximadamente 2,0% para os resultados gerais.

Veja a pesquisa completa.

Opas
De acordo com pesquisa realizada, em junho do ano passado, pela Organização Pan-americana de Saúde (Opas), o abuso de álcool durante o momento pandêmico subiu 42%. Dos 3.799 entrevistados, 52,8% relataram o consumo de álcool como forma de amenizar algum tipo de transtorno como ansiedade, nervosismo, insônia e irritabilidade.

Para o psicólogo Zacarias Ramalho, o ato desencadeia em um refúgio nada saudável para sentimentos de medo e solidão. “O hábito pode se transformar em dependência, porque é um comportamento voltado às faltas que afloraram durante o confinamento. Há pessoas que não desenvolvem a sua resiliência, que é a capacidade de atravessar situações conflituosas, por isso é perigoso fazer uso de bebida alcoólica como mecanismo de defesa, para não vivenciar um sofrimento de fato”, comentou o especialista.
“O sujeito que vivencia o alcoolismo, ou outros transtornos associados ao uso de substâncias psicoativas, tem perdas no processo de interação que podem afetar seus empregos e família, já que se isola no meio no qual convive, devido aos prejuízos que o álcool causa”, completou o psicólogo.

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