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Brasil

Celulares irregulares respondem por 21% do total do mercado, apontam pesquisa

Levantamento da associação da indústria de eletrônicos mostra que venda desses aparelhos chegará a 5,5 milhões neste ano.

As vendas de celulares irregulares devem bater um recorde neste ano, abocanhando 21% do mercado. Em 2019, esses celulares representavam 8% do mercado. Os dados são da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) e foram divulgados nesta quinta-feira. São aparelhos contrabandeados ou importados sem autorização da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

Em 2022, foram 4 milhões de unidades comercializadas irregularmente. O ano de 2023 deve ser fechado com a venda de 5,5 milhões smartphones no mercado não oficial, segundo a Abinee.

Só no balanço preliminar no penúltimo trimestre deste ano foram 2.057 milhões de aparelhos vendidos.

— Temos que olhar com muita preocupação. A gente fala muito de celulares, mas no setor de informática começamos a olhar com cuidado, porque futuramente pode vir a aumentar (irregularidades) para produtos como desktop (computadores de mesa) e notebook — disse o diretor de Informática da associação, Maurício Helfer.

A indústria eletroeletrônica deve encerrar o ano de 2023 com faturamento de R$ 204,2 bilhões. É uma queda real de 6% na comparação com 2022.

Esse resultado foi puxado para baixo com a queda no faturamento do setor de informática (-17%), telecomunicações (-21%) e componentes (-25%). As vendas de celulares também afetaram negativamente.

No geral, a produção de aparelhos e bens desse setor apresentou queda de 8% em 2023 em relação ao ano passado.

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Outro dado apresentado é o número de empregados, que também teve queda. O ano encerrará, pelas estimativas, com 263,3 mil trabalhadores nesta área, 4 mil vagas a menos que no final de 2022 (263,7 mil trabalhadores).

— O que nos preocupa é o nível de ociosidade, de 30% da nossa capacidade e esperamos que isso pode ser revertido. Nós preocupa também a queda do número de empregados. O desempenho do setor eletroeletrônico ficou aquém das expectativas, principalmente nas áreas de bens de consumo — afirma o presidente executivo da Abinee, Humberto Barbato, citando o baixo índice de investimentos no setor.

O que vem por aí

Para 2024, em pesquisa realizada com os associados da Abinee, 64% das empresas do setor projetaram crescimento para as vendas da indústria eletroeletrônica para 2024, 33% esperam estabilidade e 3% preveem queda.

O setor espera um aumento nominal de 2% no faturamento, que deverá alcançar R$ 208 bilhões e projeta elevação de 3% na produção. O nível de emprego deve passar de 263,3 mil para 266 mil trabalhadores.

 

 

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