Brasil
Bolsonaro pede ‘desculpas’ a Moraes e ministros do STF por acusações sem fundamento em reunião no Planalto
Jair Bolsonaro foi questionado por Moraes sobre declarações feitas em uma reunião ministerial a respeito dele e os ministros Edson Fachin e Luís Roberto Barroso, também integrantes da Corte

Foto: Fellipe Sampaio/STF
O ex-presidente Jair Bolsonaro pediu desculpas ao ministro Alexandre de Moraes e outros integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF) por críticas feitas a ele em uma reunião ministerial em julho de 2022. O ex-mandatário está sendo ouvido nesta tarde na Corte no curso da ação que trata da trama golpista. Ele é um dos oito réus que vão prestar depoimento até sexta-feira e, segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), é integrante do “núcleo crucial” da trama golpista.
Bolsonaro foi questionado por Moraes sobre declarações feitas em uma reunião ministerial a respeito dele e os ministros Edson Fachin e Luís Roberto Barroso, também integrantes da Corte.
— Não tenho indício nenhum. Era uma reunião para não ser gravada. Então, me desculpe, não tive intenção de acusar de desvio de conduta contra os três — disse Bolsonaro.
Em outro momento, Bolsonaro disse que está se “policiando”:
— Eu sempre carreguei no linguajar. Tento me controlar, tenho melhorado bastante meu vocabulário. Acho que com 70 anos é difícil mudar muita coisa… E peço desculpas se ofendi alguém.
Bolsonaro também negou ter realizado qualquer ação ilegal e repetiu que não saiu das “quatro linhas da Constituição”.
— Não me viram desrespeitar uma só decisão. Em nenhum momento eu agi contra a Constituição. Eu joguei dentro das quatro linhas o tempo todo. Muitas vezes me revoltava, falava palavrão,, sei disso. Mas, no meu entender, fiz aquilo que tinha que ser feito — afirmou Bolsonaro.
Frente a frente
Esta é a primeira vez que Bolsonaro e o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF, ficam frente a frente em uma audiência na Primeira Turma da Corte para responder a questionamentos sobre a trama golpista. O ex-presidente e o ministro do Supremo já estiveram na mesma sala durante o julgamento da denúncia, em março deste ano, mas não interagiram.
As informações são do O Globo.
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