Conecte-se conosco

Brasil

Anistia a Bolsonaro e ataques a Moraes: bolsonaristas fazem atos pelo país

Em Manaus, houve motociata em direção ao Parque Ponta Negra, onde os apoiadores de Bolsonaro se reuniram.

anistia-a-bolsonaro-e-ataques-

Os atos realizados neste domingo (03/08) em defesa da anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes levaram milhares de pessoas às ruas das principais cidades brasileiras. Bolsonaro não participou das manifestações, mas acompanhou por videochamada.

As mobilizações foram marcadas para 62 municípios, distribuídos em todas as regiões do Brasil. Algumas manifestações ainda tiveram críticas ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O ato na Avenida Paulista, em São Paulo, foi um dos que reuniram o maior número das lideranças do campo político da direita brasileira. Estavam no ato o pastor Silas Malafaia; o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-SP); o presidente nacional do PL, Waldemar Costa Neto; e o prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes (MDB), entre outros.

Entre as frases mais exibidas nos cartazes que os participantes das manifestações portavam estavam pedidos de anistia a Bolsonaro e ataques a Lula e Moraes. Bolsonaro é réu, entre outras ações, no processo que julga os envolvidos na suposta trama golpista iniciada em 2022 para mantê-lo no poder, mesmo após as eleições que deram vitória a Lula.

O projeto de lei que poderia conceder anistia a Bolsonaro e aos réus dos atos antidemocráticos de 8 de Janeiro tramita na Câmara, mas ainda não foi pautado. O presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB) recebe pressão para levar o projeto adiante, mas ainda sem efeito.

O coro contra Moraes na direita ganhou corpo após dois fatos. O primeiro deles foi a determinação de medidas cautelares contra Bolsonaro pelo ministro no último dia 18. O ex-presidente está obrigado a utilizar uma tornozeleira eletrônica e tem restrições de horário para sair de casa.

O outro ponto foi a sanção, pelos Estados Unidos, ao ministro Moraes. Ao magistrado foi aplicada a lei Magnitsky, que o impede, entre outras restrições, de entrar nos Estados Unidos e realizar transações financeiras com empresas americanas.

As restrições de saída de casa foram o motivo pelo qual Bolsonaro não compareceu a nenhum dos atos realizados no Brasil em apoio a ele.

O ato de São Paulo foi iniciado por volta das 14h. A mobilização teve como principal organizador o pastor Silas Malafaia. A Universidade de São Paulo (USP) estimou 37,6 mil pessoas na mobilização.

Em São Paulo, uma das ausências mais sentidas foi a do governador Tarcísio de Freitas. Ele foi submetido a um procedimento de radioablação por ultrassonografia de tireoide no Hospital Albert Einstein, na zona oeste da capital paulista, e não esteve no ato.

Possíveis candidatos no campo da direita às eleições presidenciais de 2026, uma vez que Bolsonaro está inelegível até 2030 por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), não compareceram ao ato. São nomes como os dos governadores Ratinho Junior (PSD), do Paraná; Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais; e Ronaldo Caiado (União), de Goiás.

Os prováveis presidenciáveis foram cobrados por Malafaia. “Cadê aqueles que dizem ser a opção no lugar de Bolsonaro? Era para estarem aqui, minha gente. Sabe o que fica provado? Que até aqui Bolsonaro é insubstituível.”

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), fez as honras da casa na mobilização realizada ainda pela manhã na orla de Copacabana, na zona sul da capital fluminense, e saiu em defesa de Bolsonaro.

Ainda pela manhã, em Belo Horizonte, o ato foi realizado na Praça da Liberdade. Os participantes lembraram o nome do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados Unidos, e o saudaram com gritos efusivos de “obrigado”.

Também no período matutino, Brasília teve a concentração de cerca de 12 mil pessoas, conforme os organizadores do ato pró-Bolsonaro. Na capital federal, o grupo se reuniu no Eixão Sul, em frente ao Banco Central, a partir das 10h. A concentração ficou nas proximidades do Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF); portanto, não houve um trio elétrico, apenas carros de som, com menos potência sonora.

Outras capitais

O ato na capital Belém, no Pará, contou com a presença da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. A manifestação começou por volta das 8h, na avenida Assis de Vasconcelos. Ela está no Pará desde sexta-feira (1º/8), para onde se deslocou por compromissos do PL Mulher em Marabá.

Em Salvador, o ato “Reaja, Brasil” ocorreu no Farol da Barra. Um trio elétrico comandou a celebração marcada por bandeiras do Brasil. A manifestação foi organizada por aliados de Bolsonaro na Bahia, como os deputados estaduais Diego Castro, Leandro de Jesus, e o deputado federal Capitão Alden, todos do PL-BA.

O estado de Santa Catarina foi o que teve o maior número de cidades com atos programados para este domingo. Foram 26 manifestações agendadas, o que equivale a 40% do total de todo o Brasil. Lá, o pré-candidato ao Senado, o vereador carioca Carlos Bolsonaro (PL), se fez presente na cidade de Criciúma (SC).

Em Manaus, houve motociata em direção ao Parque Ponta Negra, onde os apoiadores de Bolsonaro se reuniram.


Clique para comentar

Faça um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

dois × cinco =