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Brasil

Ações de defesa estão na pauta do encontro de Bolsonaro com Donald Trump

Presidentes vão jantar, neste sábado, no resort Mar-a-Lago, na Flórida, de propriedade do presidente norte-americano

(Washington, DC – EUA, 19/03/2019) O Senhor Donald Trump, Presidente dos Estados Unidos da América, cumprimenta o Presidente da República Jair Bolsonaro. Foto: Alan Santos/PR

O presidente Jair Bolsonaro afirmou, em mensagem no Twitter, que seu encontro com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, marcado para a noite de hoje (7), terá o objetivo de discutir “ações para aprofundar a cooperação entre Brasil e EUA nas áreas comercial, econômica e de defesa”.

Bolsonaro e Trump vão jantar, neste sábado, no resort Mar-a-Lago, na Flórida, de propriedade do presidente norte-americano.  O brasileiro será acompanhado por um grupo restrito de quatro pessoas.

“Eu vejo que, depois de longos anos, décadas, de os governos brasileiros terem uma certa desconfiança do governo americano, essa desconfiança acabou, e queremos nos unir, nos aproximar cada vez mais. E devemos nos juntar com todos os países, mas em especial com os países melhores do que nós”, afirmou Bolsonaro.

Na pauta do jantar, um dos principais temas deve ser em relação a acordos de cooperação na área de defesa.  “Está previsto o general Fernando (Azevedo, ministro da Defesa) ir conosco. Então vai ser tratado, sim. Nós ficamos no tempo na questão de defesa. Defesa é investimento. Em especial, quando é através de pesquisa. Agora, o Brasil não pode ficar tão desguarnecido como está por sucateamento do seu material, que foi levado com muita ênfase nos últimos anos por um projeto de poder. As Forças Armadas despreparadas, desmotivadas, é um terreno fértil para que alguns aventureiros, ditadores, avancem em seus propósitos”, disse o presidente brasileiro.

A maior parte da agenda de Bolsonaro durante a visita, que vai até quarta-feira (11), ocorrerá em Miami e inclui encontros com políticos e empresários norte-americanos, assinatura de acordos e uma ida às instalações militares do Comando Sul, a unidade das Forças Armadas dos Estados Unidos responsável pela cooperação de segurança e operações militares nos países da América Central e do Sul.

O anúncio de Bolsonaro e Trump causou reação do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, que denuncia um plano dos Estados Unidos de usar o Brasil para atacar a Venezuela. “”E agora, Jair Bolsonaro foi convidado à mansão de Donald Trump em Miami. A única questão: empurrar o Brasil para um conflito armado com a Venezuela, é o único problema que ele tem com Jair Bolsonaro, e da Venezuela nós o denunciamos”, afirmou Maduro.

O líder venezuelano lançou uma acusação semelhante contra o presidente colombiano, Iván Duque, que nesta semana se encontrou com Trump na Casa Branca.

Para Maduro, os EUA têm um plano de desencadear um conflito para justificar uma intervenção militar na Venezuela com a ajuda dos vizinhos Colômbia e Brasil. “Da Casa Branca, um plano foi decidido para levar a guerra à Venezuela … para escalar um conflito violento e armado e justificar uma invasão”, disse.

Ele afirma que Trump deu a ordem para “encher a Venezuela de violência” com o apoio do líder da oposição, Juan Guaidó, a quem ele chama “fantoche”. “Um plano de guerra foi decidido para a Venezuela na Casa Branca, é por isso que Trump leva o fantoche Guaidó para lá e o envia para executar tarefas de desestabilização”, disse Maduro.

Nesta semana, o Brasil ordenou a retirada de diplomatas e funcionários da Embaixada na Venezuela.

 

 

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