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À PF, Gonçalves Dias diz que não foi omisso e que não tem responsabilidade sobre atos, diz CNN

O depoimento durou cerca de quatro horas e meia e ele partiu sem falar com a imprensa; a oitiva ocorre após a CNN revelar imagens exclusivas de Dias no Palácio do Planalto durante os atos criminosos.

O ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Gonçalves Dias prestou depoimento à Polícia Federal (PF), nesta sexta-feira (21), sobre a atuação do órgão durante os atos criminosos do 8 de janeiro. O depoimento ocorre após a CNN revelar imagens exclusivas de Dias no Palácio do Planalto.

As informações são da CNN Brasil, citando fontes próprias, que informa que Dias respondeu a todas as perguntas feitas pela PF e disse que não tem responsabilidade sobre os crimes que ocorreram durante o ataque aos Três Poderes. Ele também teria afirmado que não foi omisso e que agiu para impedir os atos.

O depoimento durou cerca de quatro horas e meia e ele partiu sem falar com a imprensa.

Gonçalves Dias se mostrou disposto a colaborar com a Polícia Federal no que for preciso durante as investigações.

Por conta do feriado de Tiradentes nesta sexta, não houve expediente na PF, apenas o depoimento do ex-ministro. Um funcionário da Procuradoria-Geral da República (PGR) que atua junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) nos casos que envolvem o 8 de janeiro também acompanhou a oitiva.

O depoimento de Dias acontece por determinação do ministro do STF Alexandre de Moraes.

O general chegou em um carro pelo estacionamento do prédio cerca de 20 minutos antes do horário do depoimento, previsto para começar às 9h.

Na decisão divulgada na quinta-feira (20), Moraes determinou que a PF identifique todos os militares que aparecem nos vídeos e informe se eles já foram ouvidos.

“Caso não tenham sido ouvidos, os depoimentos devem ser realizados em 48 (quarenta e oito) horas”, determinou o ministro.

“Na data de hoje, a imprensa veiculou gravíssimas imagens que indicam a atuação incompetente das autoridades responsáveis pela segurança interna do Palácio do Planalto, inclusive com a ilícita e conivente omissão de diversos agentes do GSI”, disse Moraes, em referência ao material divulgado pela CNN na quarta-feira (19).

Na ação, o magistrado também havia solicitado que o ministro interino do GSI, Ricardo Cappelli, identificasse em até 24 horas “todos os servidores civis e militares que aparecem nas citadas imagens e quais as providências tomadas”.

Nesta quinta-feira, Cappelli afirmou em suas redes sociais que havia respondido aos questionamentos realizados por Moraes. “Vamos acelerar a sindicância em curso no GSI”, citou.

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