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Amazonas

Wilson Lima alerta que Estado está ficando sem oxigênio nas unidades de saúde e pede ajuda para “situação dramática”

O governador do Amazonas informou, neste domingo (10), que empresas que fornecem oxigênio para o Estado não conseguem surprir a demanda, que passou de 176 mil para 850 mil metros cúbicos por mês.

O governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), pediu hoje ajuda do governo federal e dos outros Estados para ampliar o fornecimento de oxigênio líquido para a rede estadual. Segundo ele, a situação na atual fase da pandemia da Covid-19 está “dramática” após o consumo passar de passou de 176 mil para 850 mil metros cúbicos por mês. As informações são do portal UOL.

“Nos últimos dois meses, saímos de 457 para 1.164 leitos. Isso ocasionou um aumento do consumo de oxigênio líquido nas unidades de saúde do Estado, que passou de 176 mil para 850 mil metros cúbicos por mês. Hoje, as empresas que fornecem oxigênio para o Estado não conseguem surprir essa demanda”, afirmou Lima, em post no Instagram.

“Nós já solicitamos o apoio do Governo Federal para o transporte de cilindros de oxigênio vindos de Guarulhos, estamos viabilizando a montagem de miniusinas e também solicitamos aos Estados que verifiquem empresas que possam nos fornecer o produto para o Amazonas”, acrescentou.

Por fim, o governador reforçou o apelo para que os moradores do Amazonas só saiam de casa se for realmente necessário, evitem aglomerações e usem máscara.

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, irá a Manaus nesta segunda-feira (11) para anunciar um plano de contingência para o Amazonas, que vive um avanço nos números de infectados e mortos pela Covid-19.

De acordo com o Ministério da Saúde, Pazuello deve anunciar esforços que vão da reorganização do atendimento nos postos e hospitais ao recrutamento de profissionais de saúde; à abertura de leitos de UTI; e ao envio de equipamentos, insumos e medicamentos. À tarde, o ministro deve participar da entrega de 10 leitos de UTI e 118 leitos clínicos no Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV).

Sepultamentos triplicam em um mês

O número de sepultamentos em Manaus cresceu 193% no intervalo de um mês. No dia 6 de dezembro foram registrados 31 enterros na capital amazonense, número que subiu para 91 nesta última terça-feira (5).

O aumento dos casos de Covid-19 levou o prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), a decretar estado de emergência na cidade pelo período de 180 dias para tentar conter o avanço da pandemia. O governo estadual também decretou estado de calamidade pública pelos próximos seis meses.

Governador é investigado

Wilson Lima, seu vice e outros secretários do governo do Amazonas são investigados pela compra de respiradores superfaturados e inúteis para o combate à Covid-19. A investigação foi requerida pela Subprocuradoria da República dois dias após reportagem do UOL, publicada em abril do ano passado.

Em dezembro, o governo estadual usou o estado de calamidade para contratar, sem licitação, a montagem de uma árvore de natal no centro da capital por R$ 1,5 milhão. A contratação, segundo denúncia de deputados de oposição, feria o decreto do próprio governo que suspendia gastos com esporte e lazer, enquanto perdurasse a situação de emergência em função da pandemia.

Lima justificou que era uma forma de ajudar os artistas amazonenses em dificuldades com a pandemia.

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