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Amazonas

Vazante do Rio Negro, em Manaus, já é maior do que a do ano passado, aponta medição do porto

O recorde de vazante no Rio Negro na capital do Amazonas foi registrado no dia 24 de outubro de 2010, quando chegou a apenas 13,63 metros.

A cota do Rio Negro, em Manaus, alcançou 26,06 metros na última quinta-feira (10/08), 1 metro e 90 centímetros abaixo da cota do dia 10 de agosto do ano passado, de 27,96 metros e 59 centímetros acima da registrada em 10 de agosto de 2010, ano em que foi registrada a maior vazante. O recorde de vazante no Rio Negro na capital do Amazonas foi registrado no dia 24 de outubro de 2010, quando chegou a apenas 13,63 metros. Os dados são do Porto de Manaus.

Cotas do Rio Negro em Manaus em 10/08/2023 e em 10/08/2010.

De acordo com as medições do Porto de Manaus, realizadas desde 1903, a mínima histórica do Rio Negro ocorreu em 2010, de 13,63 metros, considerada a seca mais severa já atingida na Amazônia em 100 anos, comprovado por um estudo publicado em 2016 na revista Science por pesquisadores do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia e da Universidade britânica de Leeds. O recorde anterior, de 13,64 m, havia sido registrado em 1963.

O recorde da vazante de 2010, no Amazonas, deixou 37 dos 62 municípios em situação de emergência. Um decretou calamidade pública. Mais de 66 mil famílias foram afetadas pelo isolamento da estiagem no estado. A situação foi mais grave nas cidades banhadas pelo Rio Solimões (no Oeste do estado), que também teve recorde de vazante, no dia 19 de novembro daquele ano, quando marcou 98 centímetros, batendo o recorde anterior, registrado em 1998.

A Defesa Civil do Amazonas, em parceria com o Exército, teve que usar helicópteros para prestar atendimento aos atingidos pela seca, com o envio de água potável e mantimentos.

Segundo a então Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), hoje Serviço Geológico, o rio Solimões, em 2010, alcançou o menor nível da história nos três principais pontos de medição: Tabatinga, na divisa com a Colômbia; Itapeua, ponto situado no centro do Estado, no curso médio do rio; e Careiro, a 24 km a leste de Manaus.

No rio Amazonas – formado a partir do encontro dos rios Negro e Solimões-, o recorde foi quebrado também no dia 20 de outubro de 2010 no principal ponto de medição, que fica em Parintins (a 315 km a leste de Manaus). O nível do rio chegou a -162 cm, superando em 10 cm a marca anterior, registrada em 1997. As medições são feitas em Parintins desde 1970.

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