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Amazonas

Ufam inaugura Laboratório de Inventário e Mensuração de Florestas Tropicais, a Casa do Carbono

As pesquisas realizadas na Casa do Carbono permitirão orientar as soluções para os problemas dos recursos florestais-ambientais do bioma Amazônia.

A Universidade Federal do Amazonas (Ufam), em parceria com Serviço Florestal Brasileiro, ligado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e por meio da Gestão e Gerenciamento de Recursos do Fundo Amazônia do BNDES, inaugurou, no último dia 8, no setor Sul do Campus Universitário, o Laboratório de Inventário e Mensuração de Florestas Tropicais, também conhecido como Casa do Carbono. Trata-se do primeiro laboratório de inventário e mensuração florestal da região Norte, cuja evolução o consolidará como um centro de pesquisa em biodinâmica de florestas tropicais.

Na inauguração estavam presentes o reitor da Ufam, professor Sylvio Puga, o diretor-geral do Serviço Florestal Brasileiro, Valdir Colatto, o gerente do Departamento de Meio Ambiente e Fundo Amazônia do BNDES, Nabil Moura Kadri, além de autoridades locais. A nova unidade da Faculdade de Ciências Agrárias (FCA) é destinada ao processamento de dados do Inventário Florestal Nacional (IFN) e também a análise de material arbóreo para o desenvolvimento de equações de volume, biomassa, carbono e estudo de dinâmica de florestas tropicais.

As pesquisas realizadas na Casa do Carbono permitirão orientar as soluções para os problemas dos recursos florestais-ambientais do bioma Amazônia, patrimônio do povo brasileiro. O reitor da Ufam, professor Sylvio Puga, durante a solenidade de inauguração, lembrou que a Casa do Carbono é resultado de um esforço da gestão, além de ser a única Casa do Carbono da região Norte.

“A Casa do Carbono foi a primeira obra que começamos e concluímos na nossa gestão. Foi feita com um custo pequeno, menos de 1 milhão de reais, prova que com o bom uso dos recursos públicos, quando bem aplicado, as coisas acontecem. Agora, podemos dizer que temos a única Casa do Carbono da região Norte e que estará a serviço do nosso país e do mundo. As informações produzidas aqui serão públicas e estarão disponibilizadas para qualquer pessoa que queira entender cada vez mais sobre a Amazônia, que é tão importante para o Brasil”, enfatiza.

O reitor Sylvio Puga falou, ainda, do fortalecimento do Ensino, Pesquisa e Extensão com a inauguração da Casa do Carbono. “Tenho certeza que nosso tripé Ensino, Pesquisa e Extensão sairão fortalecidos com esse novo espaço. Aqui, teremos projetos de Iniciação Científica, além de ser potencializada a pós-graduação, por meio dos trabalhos dos nossos mestrandos e doutorandos, e, por fim, a Extensão Universitária, com serviços especializados para aqueles que demandarem”, completa.

Para o diretor-geral do Serviço Florestal Brasileiro, Valdir Colatto, representante da ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, senhora Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias, a Casa do Carbono permitirá tratar de forma científica, por meio de dados, o volume de madeira, biomassa e carbono armazenado pelas árvores da Floresta Amazônica. “Com a implementação da Casa do Carbono teremos elementos técnico-científicos para fazermos a gestão da floresta. Dentro dessa visão, trabalharemos conjuntamente com a Ufam e o Fundo Amazonas, para extrairmos dados que possibilitem mensurar a floresta e a capacidade de biomassa”, conta.

Segundo o chefe do Departamento de Meio Ambiente e Fundo Amazônia do BNDES, Nabil Moura Kadri, o apoio do Fundo Amazônia à Ufam se deu, por meio do Serviço Florestal Brasileiro, dentro do projeto do Inventário Florestal Nacional (IFN). “A Ufam é o locus principal para a geração de conhecimento e inovação. Será fundamental essa parceria para que a gente conheça melhor, não só os estoques de carbonos, mas também as florestas para aprimorar as políticas públicas de preservação e conservação”, destaca.

Nabil Moura, lembrou, ainda, da possibilidade de novas parcerias com a Ufam. “Não só o Fundo Amazônia está aberto para conversar com Universidade, já que sabemos que a Ufam é um lugar com muitas propostas a serem apresentadas, mas também o BNDES. Já tivemos algumas conversas com outros departamentos e, também, com o próprio reitor Sylvio Puga, e, esperamos que em breve possamos olhar para mais projetos dentro da Universidade e como poderão ser apoiados, seja pelo Fundo ou por outras linhas do Banco”, diz.

O coordenador técnico do projeto na Ufam, o professor Ulisses Silva da Cunha, explicou que com a implantação da Casa Carbono será possível fazer uma análise da estrutura da matéria. “Agora, nós vamos entender a floresta na parte molecular e de uma forma mais precisa. Trataremos das estruturas como raízes, solos, troncos e galhos detalhadamente”, explica.

O laboratório conta com 287,32 metros quadrados de área, distribuídos entre os ambientes recepção, xiloteca, almoxarifado, sala de carbono, sala de biomassa, sala de dados espaciais, sala de dados analíticos, banheiros e copa. Segundo a prefeita do Campus, a arquiteta Carmem Guimarães, o desafio foi manter o cronograma de execução da obra. “O projeto Laboratório de Inventário e Mensuração de Florestas Tropicais foi feito pela arquiteta Andréa Paixão, por quase dois anos, e o resultado da obra foi bem satisfatório. Cumprimos os prazos, oferecemos um espaço amplo à comunidade acadêmica. Esse, sem dúvidas, foi um mérito da engenharia da Ufam”, finaliza.

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