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Amazonas

Terras indígenas são as que menos perderam florestas na Amazônia, mostra relatório do MapBiomas

O relatório aponta que em todo o território nacional foram perdidas 13,1% de vegetação nativa, entre florestas, savanas e outras formações não florestais.

Comunidade indígena na Amazônia. (Foto:Reprodução)

Nos últimos 36 anos, a perda de floresta nativa na Amazônia foi de apenas 0,8% em Terras Indígenas. Por outro lado, em territórios não demarcados a perda foi de 21,5%. Os dados são do MapBiomas que terá novo relatório divulgado nesta sexta-feira (26).

Além de mostrar a importância dos territórios indígenas na preservação da floresta amazônica, o relatório aponta que em todo o território nacional foram perdidas 13,1% de vegetação nativa, entre florestas, savanas e outras formações não florestais entre 1985 e 2021.

“Esta tendência de rápidas transformações representa grandes desafios para que o país possa se desenvolver e ocupar o território com sustentabilidade e prosperidade “, explica Tasso Azevedo, coordenador do MapBiomas.

Enquanto a área de vegetação nativa diminui, a área ocupada por agropecuária cresceu de 21% para 31% e agora representa um terço do uso da terra no Brasil. O que é destinado à agricultura, teve um aumento de 228% e agora representa 7,4% do território nacional.

Segundo o professor da Universidade Federal de Goiás e coordenador do MapBiomas Laerte Ferreira, 28% dessa ocupação se deu “sobre desmatamento e conversão direta de vegetação nativa”. A descoberta desses dados só foi possível pelo uso de imagens de satélite. Com elas, o MapBiomas lançará sua sétima coleção de mapas anuais de cobertura e uso da terra do Brasil.

Os dados mostram que as alterações causadas pela ação do homem entre 1985 e 2021 foram muito intensas e que um terço da perda de vegetação nativa do Brasil desde quando os portugueses chegaram em territórios brasileiros pela primeira vez aconteceu nos últimos 36 anos.

“Os satélites nos ajudam a revelar os desafios de como expandir a agropecuária sem desmatamento, como proteger os recursos hídricos e como ocupações urbanas podem ser mais seguras e menos desiguais “, diz Julia Shimbo, Coordenadora Científica do MapBiomas e Pesquisadora do IPAM.

A informação é do site UOL.

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