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Amazonas

Sinteam diz que corte de salários de professores, como anunciou o governo do AM, desobriga reposição das aulas e prejudica alunos

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas (Sinteam) informou, nesta quarta-feira,, que o movimento grevista já alcança 54 municípios em todo o Estado.

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas (Sinteam) informou, nesta quarta-feira, que se houver o desconto no salário dos professores que participam do movimento grevista, como anunciou o governo do Estado, “o trabalhador fica desobrigado de repor as aulas e quem perde são os estudantes”. “Essa decisão está nas mãos do governador”, afirmou a presidente do sindicato, Ana Cristina Rodrigues.

O Sinteam denunciou que os trabalhadores em greve estão sendo vítimas de assédio moral, ameaça de falta, e de ameaça de demissão, no caso dos professores da carga complementar e de desconto no salário. “É dessa forma que o Governo do Estado está lidando com a greve dos trabalhadores em educação do Amazonas que hoje completa seis dias úteis e alcança 54 municípios em todo o Estado”, disse Ana Cristina Rodrigues. Segundo ela, os casos de assédio moral e das ameaças serão levados ao Ministério Público do Trabalho, para serem tratados judicialmente.

A denúncia foi levada aos deputados estaduais na manhã de hoje e o Sinteam pediu o ‘resgate’ da mesa de negociação com o Poder Executivo.

Gestores de escolas informaram que estão entregando seus cargos por não concordarem com a postura da Secretaria de Educação do Estado (Seduc) e também disseram que estão sendo chamados em reunião para aplicar a falta aos servidores em greve.

O Sinteam informou que está orientando que os servidores gravem, se possível, as conversas e os prints para documentarem casos de assédio moral, e busquem testemunhas para encaminhare as membros do sindicato para que as providências sejam tomadas.

Uma comissão de trabalhadores em greve foi recebida pelos deputados Cabo Maciel e Felipe Souza. Os parlamentares disseram que irão tentar retomar a mesa de negociação com o Governo. Na quinta-feira passada, 18, o secretário de Governo, Sérgio Litaiff, aventou a possibilidade de uma segunda rodada de negociação com os trabalhadores, desde que a greve fosse suspensa, o que foi rejeitado pela categoria, em assembleia.

A paralisação dos profissionais da educação iniciou no último dia 17. Eles reivindicam 25% de reajuste salarial e outros benefícios. O governo ofereceu um reajuste salarial imediato de 8%, oferta que não agradou os profissionais.

Assembleia

O deputado Felipe Souza (Patriota), líder do governo na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), reuniu-se com representantes dos professores para discutir a greve em andamento, nesta quarta-feira (24). Ele informou que se comprometeu a participar junto com o deputado Cabo Maciel (PL), na intermediação com o Governo do Estado para tratar do reajuste solicitado pela categoria, buscando minimizar as perdas de aulas e garantir o cumprimento do plano de aula.

A greve, liderada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas (Sinteam), já completa oito dias, nesta quarta-feira (24), deixando aproximadamente 70% das escolas estaduais em Manaus sem aulas.

“Esperamos que seja encontrado um consenso entre a categoria e o governo, para que os alunos não sofram mais prejuízos. Durante a reunião de hoje me coloquei à disposição para buscar a solução junto ao Governo do Estado”, declarou Felipe.

O deputado disse, ainda, que entende que a educação é um pilar fundamental para o desenvolvimento do estado e reconhece a importância de valorizar os professores, proporcionando condições adequadas de trabalho e remuneração justa.

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