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Amazonas

Sindicalistas reagem com indignação a aumento salarial de até 225% para alto escalão no Amazonas

Aumento salarial foi autorizado pelo governador Wilson Lima, no final de 2019, após ter congelado até 2021 os reajustes salariais para a maioria dos funcionários do Estado, com o apoio da Assembleia Legislativa.

Representantes sindicais de funcionários públicos do Estado do Amazonas reagiram indignados nesta terça-feira, contra o aumento de até 225% para servidores comissionados do alto escalão do governo autorizado pelo governador Wilson Lima (PSC), que com o apoio da Assembleia Legislativa (ALE) congelou os salários dos servidores até 2021. De acordo com levantamento ao qual o 18horas teve acesso, a decisão do governador aumentou em mais de R$ 1,8 milhão a folha do Estado.

A presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Amazonas (Sindsaúde), Cleidinir Francisca do Socorro, chamou o reajuste salarial apenas para o alto escalão do governo de “imoral e desrespeito” para os servidores. Ela lembrou que, no ano passado, o governador congelou os salários por dois anos, “De onde saiu esse dinheiro para dar o aumento enquanto os outros servidores não tiveram nada”, perguntou. Segundo ela, “cada dia que passa”o governo anuncia um pacote de ataque aos servidores e à sociedade.

O secretário geral do Movimento Único dos Servidores públicos do Amazonas (Musp) e coordenador de Comunicação do Sindicato dos Professores e Pedagogos de Manaus (Asprom), Lambert Melo, chamou o aumento de salário para o alto escalão de “ataque contra a sociedade, aos servidores e aos cofres públicos”.

“No ano passado, o governador aparecia chorando na televisão e na propaganda do governo, dizendo que não tinha dinheiro, que o Estado no vermelho e que não tinha condições de reajustar salariais das categorias do serviço público. A sociedade sofreu com uma greve de 40 dias dos professores, uma calamidade na educação. Não tinha dinheiro para reajustar os salários dos professores que necessitavam e mereciam. Agora somos surpreendidos de maneira negativa com esse reajuste salarial para apaniguados, brindados com reajustes salariais que passam de 200%”, disse.

Lambert disse que o aumento salarial no alto escalão coloca por terra o discurso do do governador de que o reajuste de um real faria com que o governo ultrapassasse limite prudencial da Lei de Responsabilidade fiscal (LRF). “ Tudo que falou em 2019 era mentira, como nós denunciamos na época da greve”, disse, anunciado uma reunião emergencial do Musp e uma assembleia dos professores, no dia 3 de fevereiro, para discutir sobre “mais essa maldade do governo”.

O diretor financeiro do Sindicado dos Trabalhadores em Educação ao Amazonas (Sinteam), Cleber Ferreira, chamou o aumento salarial para o alto escalão de “absurdo”, no momento em que o governador “intransigente e autoritário”congela salários da maioria dos servidores. Ele disse que os trabalhadores vão lutar por reajuste salarial em 2020 e pela volta do vale-alimentação ao olerite, que segundo ele, foi retirado pelo governo.

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