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Amazonas

Réus confessos do caso Bruno e Dom dizem ter matado em ‘legítima defesa’

O réu disse que Bruno viu “Pelado” e, pelos conflitos que os dois já tinham anteriormente, o indigenista atirou na direção deles.

Audiência ocorreu em vídeo-conferência. (Foto:Reprodução)

Réus confessos do assassinato do indigenista brasileiro Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips Amarildo da Costa Oliveira, o “Pelado”, e Jefferson da Silva Lima, o “Pelado da Dinha”, disseram em audiência online, na segunda-feira (08/05), ao juiz Fabiano Verli, em Tabatinga (AM) que cometeram os crimes em “legítima defesa”.

“Pelado” voltou a confessar os assassinatos e disse que o indigenista atirou primeiro nele e em Jefferson. Disse que ele e Jefferson estavam indo pescar, quando se aproximaram do barco onde Bruno e Dom estavam, e Bruno atirou neles primeiro, várias vezes. “Nunca passou pela minha cabeça matar ninguém. Na minha visão, fizemos por legítima defesa”, disse.

“Pelado da Dinha” repetiu a versão de Amarildo, de que haviam saído para pescar quando viram a embarcação onde Bruno e Dom estavam e o indigenista atirou primeiro contra eles. Disse que acredita que Bruno viu “Pelado” e, pelos conflitos que os dois já tinham anteriormente, o indigenista atirou na direção deles. Por isso, afirmou, pegou a arma e atirou contra Bruno.

O juiz Fabiano Verli abriu prazo de dois dias para que o Ministério Público Federal (MPF) e a defesa dos réus apresentem as alegações finais. Ele deve decidir se os acusados vão a júri popular.

O terceiro réu a ser ouvido foi Oseney da Costa de Oliveira, o “Dos Santos”, Ele disse que não teve participação no crime, que pegou uma carona em outro barco pois ia olhar um dos dois lagos de manejo onde ele tomava conta todos os dias. Foi quando parou em um ponto e avistou Amarildo e Jefferson.

Bruno e Dom foram vistos vivos pela última vez no dia 5 de junho de 2022, quando passavam em uma embarcação pela comunidade de São Rafael, no Vale do Javari. Seus corpos foram encontrados no dia 15 de junho, com marcas de disparos de arma de fogo, esquartejados, queimados e enterrados.

‘Pelado’ já mudou outras vezes a versão dos crimes. Chegou a dizer que não participou do assassinato de nenhum dos dois, apenas escondido os corpos. Logo depois da prisão, os familiares afirmaram que ele era inocente. Ainda acusaram a polícia de forçá-lo a confessar sob tortura. A mudança na versão aconteceu durante a reconstituição do crime.

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