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Amazonas

Relatório da Aneel aponta que fornecimento de energia no Amazonas está pior

O relatório registra aumento dos chamados “dias críticos” — períodos com número de interrupções acima do normal.

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Relatório publicado pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) aponta que a frequência das interrupções de energia elétrica no Amazonas aumentou 22,9% entre junho de 2024 e junho de 2025. O documento mostra ainda o aumento de 13,8% na duração média das quedas de energia no mesmo período. A agência reconheceu “piora” nesses indicadores, mas informou que os valores ainda estão dentro dos limites permitidos.

“A distribuidora tem registrado piora nos indicadores de continuidade DEC (Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora) e FEC (Frequência Equivalente de Interrupção) globais, mas os valores apurados ainda permanecem abaixo dos limites regulatórios”, diz trecho do relatório de fiscalização da SFT (Superintendência de Fiscalização Técnica dos Serviços de Energia Elétrica).

De acordo com o relatório, em junho deste ano o FEC global ficou em 24,3, ou seja, cada consumidor ficou, em média, sem energia elétrica 24,3 vezes nos 12 meses. O número indica cerca de duas quedas de energia por mês para cada unidade consumidora. Um ano antes, o índice era de 19,78, o que equivalia a aproximadamente 1,6 interrupção mensal por cliente.

O DEC global chegou a 38,68 horas, o que representa o total de tempo sem energia enfrentado pelo consumidor médio no Amazonas ao longo de 12 meses. No mesmo mês no ano passado, o indicador alcançou 33,98. Em agosto deste ano, o índice subiu para 39,94 horas, conforme informações da Aneel. O relatório não aponta as causas para o aumento das interrupções.

Apesar da piora, todos os conjuntos elétricos da distribuidora seguem dentro das normas da Aneel. O relatório, no entanto, registra aumento dos chamados “dias críticos” — períodos com número de interrupções acima do normal.

No atendimento emergencial, o tempo médio de resposta se manteve estável entre abril e junho. O tempo médio de preparo (TMP) aumentou de 6,85 para 7,11 horas, enquanto o tempo médio de deslocamento (TMD) apresentou leve redução, passando de 0,65 para 0,64 hora no período.

O número de serviços realizados fora do prazo também cresceu, com pico em março de 2025. O principal problema foi o atraso nas religação de energia.

“Em relação ao percentual de serviços executados fora do prazo, a Distribuidora apresentou um aumento percentual em relação ao início do período analisado e, portanto, uma piora no indicador. A tipologia “Religação” apresentou o maior percentual de fora do prazo”, diz o relatório.

Em contrapartida, o volume de reclamações de consumidores diminuiu. Foram 1.304 registros a cada 10 mil unidades consumidoras, a maioria sobre interrupções e pedidos de serviço. Na Ouvidoria da Aneel, a taxa foi de 5,2 por 10 mil consumidores, menos da metade da média nacional.

O relatório conclui que, embora a Amazonas Energia ainda cumpra os padrões regulatórios, houve queda no desempenho técnico e comercial. A Aneel recomenda manter o acompanhamento sobre a concessionária.


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