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Amazonas

Queda de pontes no Amazonas afeta 100 mil pessoas e cidades podem ficar sem energia, diz governo

Estruturas integram rodovia federal que é a única conexão por terra de parte do estado com outras regiões do país.

Ponte Autaz Mirim, na BR 319, também desabou. (Foto:Reprodução)

O Governo do Amazonas decretou situação de emergência em três cidades do Estado após a queda de duas pontes na BR-319. De acordo com o governador Wilson Lima (UB), há desabastecimento de alimento, remédio e combustíveis. Também há risco das cidades ficarem sem energia elétrica. Cerca de 100 mil pessoas estão sendo afetadas após desabamentos.

O decreto de emergência abrange Careiro da Várzea, Careiro – conhecido como Careiro Castanho – e Manaquiri.

As duas pontes desabaram em um intervalo de menos de duas semanas. Elas integram a rodovia federal, que é a única conexão por terra de parte do estado com outras regiões do país.

A interdição da BR-319 também afeta diretamente Roraima, já que a rodovia se liga à BR-174, única ligação do estado roraimense ao restante do país por via terrestre.

De acordo com o governador, Careiro da Várzea, Careiro e Manaquiri são as cidades diretamente afetadas pelo desabamento das duas pontes.

No Amazonas, algumas localidades recebem energia de termelétricas, que dependem de combustíveis para funcionar.

O governador afirmou que aproximadamente 104 mil pessoas estão sendo afetadas nas regiões próximas às pontes, o que equivale a aproximadamente 2% da população do estado.

Depois da queda da primeira ponte, em 28 de setembro, o governo estadual afirmou que uma ponte metálica substituiria a antiga estrutura. As obras começariam no último fim de semana, mas não foram feitas. De acordo com o governador, está prevista uma reunião em Brasília, nesta segunda-feira, com a participação dele e do ministro da Infraestrutura, Marcelo Sampaio, para a cobrança de medidas.

Desabamento compromete transporte e abastecimento no AM e RR

Com trechos da BR-319 interditados, o transporte terrestre em Roraima e em parte do Amazonas está comprometido. A situação já prejudica o transporte de cargas, comprometendo o abastecimento de alimentos perecíveis, como carne e peixes, e de outros produtos.

Isolados por terra, Roraima e Amazonas dependem da rodovia federal para acessar outras regiões do país fora do eixo Norte.

A BR-319 está interditada há 13 dias, desde que a ponte sobre o Rio Curuçá desabou, deixando quatro mortos, 14 feridos e, pelo menos, um desaparecido. Bombeiros do Amazonas chegaram a retirar dez veículos da água, incluindo um rolo compressor e uma carreta.

Menos de duas semanas depois, a ponte Autaz Mirim também desabou na BR-319. A estrutura desmoronou poucas horas após ser interditada. Segundo o Governo do Amazonas, não houve feridos.

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