Amazonas
Polícia Civil do Amazonas informa que registrou 20,1 mil denúncias de violência doméstica em 2025
Segundo a delegada Patrícia Leão, titular da Delegacia Especializada em Crimes Contra a Mulher, os dados comprovam a importância das medidas protetivas para salvar vidas
A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) informou nesta segunda-feira (22/12) que registrou, em 2025, 20,1 mil Boletins de Ocorrência (BOs) relacionados à violência doméstica e 12,3 mil medidas protetivas, 3,3 mil a mais que em 2024. Somente na capitem Manaus, foram solicitadas cerca de 9,5 mil medidas protetivas, enquanto 13,8 mil boletins de ocorrência foram registrados nas Delegacias Especializadas em Crimes Contra a Mulher (DECCMs).
A delegada Patrícia Leão, titular da Delegacia Especializada em Crimes Contra a Mulher (DECCM) Centro-Sul, disse que a diferença entre os números é considerada natural e não indica falha no sistema de proteção às vítimas. “o crescimento no número de pedidos de medidas protetivas é um indicativo positivo de maior confiança das mulheres no atendimento policial. “Com esse aumento nas solicitações, observamos que as mulheres estão confiando mais na Polícia Civil e no atendimento das Delegacias da Mulher”, destacou.
“As medidas protetivas têm se mostrado eficazes na redução dos casos de feminicídio”, ressaltou. Em 2025, foram registrados oito casos, enquanto em 2024 o número chegou a 16 feminicídios consumados. “Das oito vítimas de 2025, apenas uma tinha medida protetiva, mas ela procurou o Poder Judiciário posteriormente e pediu a revogação”, informou.
Segundo a delegada, os dados comprovam a importância das medidas protetivas para salvar vidas e também são utilizados como ferramenta estratégica no planejamento das ações da delegacia. “Esses números nos ajudam a identificar padrões, perfis de risco, horários de maior demanda e os crimes mais recorrentes”, explicou.
As informações também servem de base para a formulação de políticas públicas e para o aprimoramento do atendimento às vítimas. “Cada número representa uma mulher real, uma vida. Por isso, esses dados orientam nossas ações no enfrentamento à violência contra a mulher”, concluiu.
O delegado-geral da PC-AM, Bruno Fraga, disse que o avanço no número de medidas protetivas solicitadas pela é resultado do fortalecimento das ações policiais, da ampliação do acesso das vítimas aos mecanismos legais de proteção e da resposta rápida da instituição no combate à violência doméstica.
As medidas protetivas são instrumentos essenciais para a preservação da integridade física e psicológica das vítimas, podendo determinar, entre outras ações, o afastamento do agressor do lar, a proibição de contato e a restrição de aproximação.
O diretor do Departamento de Polícia do Interior (DPI), delegado Paulo Mavignier, destacou que os números refletem a atuação constante da Polícia Civil nos municípios. Segundo ele, 2,8 mil medidas protetivas foram solicitadas no interior, o que demonstra a prioridade dada à proteção das vítimas de violência doméstica. “ A agilidade na solicitação das medidas protetivas é fundamental para interromper o ciclo de violência e garantir a segurança das vítimas”, disse o delegado.
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