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Amazonas

Pandemia: indígenas e ribeirinhos se aglomeram no interior do AM para receber benefícios sociais

As imagens circularam nas redes sociais. O 18horas apurou que elas foram feitas pelo mototaxista Mário Moçambique, para demonstrar sua preocupação com a transmissão do vírus.

Centenas de pessoas se aglomeraram em filas, na manhã desta terça-feira, no município de Benjamim Constant, na fronteira do Amazonas com o Peru, para receber o Seguro Defeso e o Bolsa Família, conta as determinações do Ministério da Saúde e do Governo do Amazonas no combate ao novo coronavírus. As imagens circularam nas redes sociais. O 18horas apurou que elas foram feitas pelo mototaxista Mário Moçambique, para demonstrar sua preocupação com a transmissão do vírus.

Nas filas havia pessoas das zonas urbana e rural de Benjamim Constant, que desde segunda-feira estão recebendo os benefícios na única lotérica da Caixa na cidade, onde há apenas três caixas. O município ainda não registrou nenhum caso de Covid-19, segundo as autoridades de saúde e tem uma população de maioria indígena ou descendente de indígenas, e de ribeirinhos pescadores.

O calendário de pagamentos do Bolsa Família e do Seguro Defeso, ao mesmo tempo, aumentou o número de pessoas na cidade. Os dois caixas eletrônicos na praça da cidade quase nunca têm dinheiro suficiente para o volume de saques.

A Prefeitura de Benjamim Constant informou que as filas sempre existiram pois é a única agência lotérica do município e concentra saques e depósitos, pagamentos, jogos, e o Bolsa Família para quase 5,5 mil beneficiários do município. Informou, ainda que, com a pandemia, algumas medidas foram tomadas pelos governos federal e estadual, dificultando oa cesso à cidade vizinha de Tabatinga, onde grande parte das pessoas recebia o benefício social.
A prefeitura disse que está empenhada, com as autoridades de saúde, em buscar solução que contemple o direito das pessoas aos benefícios e à segurança na prevenção contra o coronavírus.

O mesmo problema de aglomeração em lotéricas vêm ocorrendo em diversos outros municípios do Estado. Na semana passada, houve aglomeração em Amaturá, segundo o site Cna7.com.br. O prefeito Joaquim Corado, disse ao site que o mais preocupa é a baixa imunidade dos indígenas. “Eles não param de viajar para a Colômbia, o Peru e outros municípios e se encontram com outras comunidades”, afirmou.

O coordenador do Distrito Sanitário Especial do Alto Solimões, Widson Gossel, disse ao Cna7.com.br que já foram divulgadas medidas de prevenção nas comunidades e feitos pedidos para que os indígenas não deixem suas aldeias e não se aglmerem e evitem festas de igrejas, de comunidades e campeonatos de futebol.

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