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Amazonas

Pandemia: AMB já recebeu 31 denúncias de falta de EPIs para profissionais de saúde no Amazonas

Médicos de todo o Brasil registraram denúncias de falta de EPIs . Os dados foram coletados desde o dia 19 de março.

Até as 18h da última terça-feira, dia 31, a Associação Médica Brasileira (AMB) havia recebido 31 denúncias denúncias do Amazonas de falta de equipamentos de proteção (EPIs) para lidar com pacientes infectados por coronavírus. Médicos de todo o Brasil registraram denúncias de falta de EPIs . Os dados foram coletados desde o dia 19 de março.

Veja os registros:

A AMB tem disponibilizado uma plataforma específica para captação de reclamações e denúncias sobre a falta de EPIs para os profissionais da saúde que estão atuando na linha de frente em combate ao coronavírus (Covid -19). Para evitar represálias, a AMB garante o anonimato dos denunciantes. Para deixar o processo transparente, a AMB criou a página para apresentação da pesquisa, que tem intuito colaborativo.

A partir dos relatos recebidos, a AMB comunica os estabelecimentos apontados, solicita esclarecimentos e a atualização das informações e notifica o Ministério da Saúde, o Conselho Regional de Medicina (CRM),as Secretarias de Saúde Municipal e Estadual, o Conselho Federal de Medicina (CFM) e o Ministério Público. A captação de denúncias continua em curso e os estabelecimentos que informarem a solução dos problemas serão retirados da lista abaixo, que apresenta detalhes sobre os EPIs que faltam em cada local.

Médicos de todo o Brasil registraram 2.622 denúncias de falta de equipamentos de proteção (EPIs) para lidar com pacientes infectados por coronavírus.

Entre aqueles que fizeram as denúncias, 87% relatam a falta de máscaras do tipo N95 ou PF2, indicadas para o atendimento de casos da doença. A falta do álcool em gel com 70% de álcool esteve presente em 28% das denúncias feitas à AMB.

Além disso, a maioria dos denunciantes registra mais de um tipo de equipamento em falta. Quase 51% dos locais denunciados está com falta de quatro a sete tipos diferentes de materiais, como luvas, gorro e álcool.

O Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) também reuniu denúncias de falta, escassez e restrição de equipamentos de proteção entre enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem. Foram registradas 2.600 reclamações até o final de março.

Segundo o Cofen, entre as denúncias estão relatos de proibição de uso do material existente na instituição para não instaurar pânico na população atendida. O conselho também afirma que recebeu denúncias de solicitações para que profissionais adquiram seus próprios materiais e para reutilização de material descartável.

Além da falta de equipamentos de proteção, a alta nos preços também tem prejudicado hospitais e outras unidades de saúde. A Federação dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo calcula um aumento de 100% a 3.000% nos preços desses materiais. Por exemplo, uma caixa de máscaras descartáveis com 50 unidades passou de R$ 4,50 em fevereiro para R$ 300 na última sexta-feira, dia 27 de março.

O Ministério da Saúde afirma que “devido à escassez mundial, está realizando compras de equipamentos de proteção para os profissionais que atuam no setor saúde e reforçando o apoio aos estados e municípios no enfrentamento do Covid-19.” O Ministério ainda afirma que os materiais são repassados aos estados, que têm autonomia para determinar estratégias necessárias para cada serviço, e que também tem sofrido com a alta de preços.
O ministério ressalta que distribui nesta semana a terceira e última remessa de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para profissionais de saúde. O órgão afirma que está adquirindo ainda 200 milhões de máscaras cirúrgicas, 40 milhões de máscaras N95, 1 milhão de frascos de álcool 500 ml, 1 milhão de frascos de álcool 100 ml, 240 milhões de luvas para procedimentos não cirúrgicos, 40 milhões de aventais, 80 milhões de aventais impermeáveis, 1 milhão de sapatilhas, 1 milhão de óculos de proteção, 120 milhões de toucas, 200 mil unidades de protetores faciais. Ainda segundo o ministério, esses equipamentos de proteção incluem insumos comprados no exterior e devem chegar ao Brasil em até 30 dias.

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