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Amazonas

Operação no Amazonas causa prejuízo de R$ 17,5 milhões a atividades ilícitas, informa MMA .

Segundo o ICMbio, 13 dragas foram inutilizadas, além de uma série de embarcações, motores, combustível equipamentos de comunicação, resultando num prejuízo aos infratores estimado em cerca de R$ 17,5 milhões em apreensões e destruições. 

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O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio) informou, nesta segunda-feira (08/12) que, entre os dias 16 e 24 de novembro de 2025, junto com a Polícia Federal (PF), a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai – Frente de Proteção Etnoambiental do Vale do Javari) e o Exército Brasileiro promoveram ações direcionadas ao combate ao garimpo ilegal de ouro na bacia dos rios Juami, Puruê, Japurá, Jutaí e Boia, na região dos municípios de Japurá e Jutaí, no Amazonas, com articulação junto ao Centro de Cooperação Policial Internacional da Amazônia (CCPI-Amazônia). Ao todo, segundo o ICMbio, 13 dragas foram inutilizadas, além de uma série de embarcações, motores, combustível equipamentos de comunicação, resultando num prejuízo aos infratores estimado em cerca de R$ 17,5 milhões em apreensões e destruições. 

O órgão informou que a região onde se concentraram as ações compreende um mosaico de áreas protegidas composto por ao menos 02 (duas) Terras Indígenas (TI Vale do Javari e TI Rio Biá), 01 (uma) Unidade de Conservação estadual (Reserva de Desenvolvimento Sustentável Cujubim) e 03 (três) Unidades de Conservação federais (Estação Ecológica Juami-Japurá, Estação Ecológica de Jutaí-Solimões e Reserva Extrativista do Rio Jutaí), estas últimas, inseridas na estrutura do Núcleo de Gestão Integrada (NGI) ICMBio Tefé.  

As ações de combate tiveram como objetivo a interrupção das atividades de mineração ilegal em andamento, que afetam diretamente as áreas protegidas da região. Os danos decorrentes do garimpo de ouro nessa área provocam sérios prejuízos ao ambiente físico e à biodiversidade local e regional, considerando a intensa degradação promovida nos leitos e margens dos cursos d’água da região, além do desmatamento, alteração e aumento da sedimentação, bem como do lançamento de rejeitos contaminados por mercúrio, substância utilizada durante o processo de extração ilegal do ouro.

Somado aos danos ambientais, segundo o ICMbio, destacam-se ainda os impactos sociais associados ao garimpo, refletindo diretamente sobre os povos e comunidades tradicionais da região, com a interferência de invasores sobre áreas de uso e recursos naturais, redução da qualidade ambiental, risco de contaminação e enfraquecimento das organizações comunitárias, diante das diversas atividades ilícitas vinculadas à extração ilegal de ouro.

Os resultados alcançados, informou o órgão, reforçam a relevância da operação para desarticulação das atividades ilegais na região, com o foco na proteção da biodiversidade e dos povos indígenas e comunidades ribeirinhas locais, que atuam como protagonistas na conservação e gestão dos recursos naturais.  Ainda, a atuação conjunta das agências nesta operação demonstra o potencial de articulação para o combate as atividades ilícitas na região, refletindo a necessidade de manutenção da integração e cooperação interinstitucional, com foco na construção e estabelecimento de estratégias mais amplas e efetivas para o combate ao garimpo ilegal no estado. 


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