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Amazonas

Operação da Polícia Federal ataca organização de tráfico internacional de pessoas em Manaus e Tabatinga

A investigação demonstrou que a organização criminosa cobrava até 20 mil dólares para trazer estrangeiros do oriente médio até ao Brasil.

A Polícia Federal (PF) informou que deflagrou, nesta quinta-feira (02/12), no Amazonas, a Operação Ganges, tendo como alvo uma organização criminosa que teria movimentado R$ 50 milhões nos últimos três anos com o tráfico internacional de pessoas e a migração ilegal. O nome da operação remete ao rio Ganges, na Índia, Bangladesch, Paquistão, Afeganistão, onde a organização criminosa atua.

Na operação, que acontece simultaneamente no Amazonas e em mais três estados, estão sendo cumpridos 14 mandados de busca e apreensão, expedidos pela 4ª vara da Justiça Federal de Roraima, sendo dois em Manaus, um em Tabatinga, quatro em Boa Vista, Roraima, dois no em Rio Branco, Acre, três em São Paulo e um em São José do Rio preto, também em São Paulo.

A investigação foi iniciada com a prisão em flagrante de um cidadão Bengalês, frente aos indícios de sua participação em organização criminosa, cuja atividade seria voltada à promoção de migração ilegal de bengaleses e outros indivíduos do oriente médio em território nacional.

O suspeito de chefiar o esquema criminoso teve sua prisão decretada pela 4ª vara da justiça Federal em Roraima e, por não ter sido encontrado no país, em agosto de 2021, foi determinada a inserção de seu nome na Difusão Vermelha da Interpol, o que culminou em sua recente prisão na Colômbia, seguindo-se o processo de extradição para o Brasil.

A investigação demonstrou que a organização criminosa cobrava até 20 mil dólares para trazer estrangeiros do oriente médio até ao Brasil, retendo seus documentos pessoais e mantendo-os em cárcere privado no Brasil, em razão do não pagamento de taxas extras durante a viagem.

As vítimas eram coagidas a prestar falsa notícia de perda da documentação perante a Polícia Civil de Roraima. Assim como, estariam sendo privados de alimentos e de contato com o mundo exterior.

A operação destaca-se que a organização criminosa em questão teria caráter transnacional com atuação, ao menos, em Bangladesh, Suriname, Guiana e Brasil.

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