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Amazonas

Número de casos de Covid-19 no Amazonas divulgados pela FVS nesta sexta-feira (03/11) é o maior em 85 dias

Nos três primeiros dias de dezembro, já foram contabilizados 406 casos da doença no estado. O dado aponta para um crescimento de 413,6% se comparado com os primeiros três dias de novembro.

Cientistas identificaram novas sublinhagens circulando no Amazonas. (Imagem: Divulgação/Fiocruz)

A Fundação de Vigilância em Saúde (FVS) informou que o Amazonas registrou, nesta sexta-feira (03/12), 158 novos casos de Covid-19, o maior número diário desde o dia 9 de setembro, quando ouve 214 registros. O Boletim da FVS desta sexta-feira também registrou mais duas mortes por Covid-19 no Estado, que agora já soma 430.350 casos confirmados e 13.808 mortes em consequência da pandemia.

Nos três primeiros dias de dezembro, já foram contabilizados 406 casos da doença no estado. O dado aponta para um crescimento de 413,6% se comparado com os primeiros três dias de novembro de 2021, quando foram contabilizados 79 casos, segundo a FVS.

No último dia 26, o epidemiologista da Fiocruz Amazônia Jesem Orellana informou ao 18 Horas/Rádio Mix FM que o estado já enfrentava, há semanas, uma terceira onda da pandemia. Mas, esta fase, conforme destacou o cientista, segue de forma mais silenciosa em razão da deficiência de detecção em massa das novas infecções por parte do sistema público de saúde. E também como pelo predomínio ainda maior de casos assintomáticos ou de quadros leves e moderados de pacientes que sequer procuram as unidades de saúde, mas que continuam transmitindo o novo coronavírus.

“O fato de você detectar aproximadamente dois mil casos por mês, que é mais ou menos o total de casos dos boletins de outubro e novembro, expressa somente a capacidade do sistema de saúde para registrar casos novos no estado do Amazonas. Isso significa que só existiram dois mil casos? Absolutamente que não. Pelo contrário, é muito provável que este número seja muito maior, talvez duas, cinco vezes maior, pois temos uma das piores vigilâncias laboratoriais do Brasil”, disse Orellana.

Segundo ele, “não é exagero supor que o valor real de casos novos, na prática, possa ser duas ou três vezes maior do que o registrado nos sistemas de informação de saúde”, analisou o pesquisador”. E a população pode não se dar conta da silenciosa terceira onda da pandemia pelo fato de esta fase não apresentar o mesmo numero de pessoas internadas e mortas do que nas ondas anteriores da Covid-19.

Para o cientista, “Provavelmente estamos numa terceira onda silenciosa que está sendo ocultada pela ineficiência do sistema local de saúde em identificar casos novos na comunidade com busca ativa. Portanto, como não há um grande e/ou crescente quantitativo de pessoas internadas e mortas, como em fases anteriores da Covid-19, fica a falsa impressão de que a epidemia está bem controlada”.

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