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Amazonas

MP-AM investiga fila de exame para diagnóstico do câncer de colo uterino no Amazonas

Inquérito considera inspeção do dia 27 de janeiro, para colher informações sobre oferta de ultrassonografia “bem como sua demanda reprimida”.

A promotora de Justiça 54ª Promotoria de Justiça Especializada na Defesa dos Direitos Humanos à Saúde Pública do Ministério Publico do Amazonas (MP-AM) Cláudia Maria Raposo da Câmara instaurou inquérito civil para verificar a oferta de serviços para o devido tratamento de lesões precursoras do câncer de colo de útero às usuárias do Sistema Único de Saúde (SUS) no Estado.

A Portaria de instauração do inquérito, pulicada no Diário Oficial do MP-AM desta quinta-feira (03/02), considera os resultados de uma inspeção extrajudicial realizada no dia 27 de janeiro deste ano, nas dependências do Complexo Regulador do Amazonas, com a finalidade de colher informações sobre a atual oferta de exames de ultrassonografia “bem como sua demanda reprimida, relativamente ao atendimento da população feminina com diagnóstico ou suspeita de câncer de colo uterino”.

O inquérito vai apurar a regular oferta de serviços para o “devido tratamento de lesões precursoras do câncer de colo de útero pelo Estado do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (SES)” às usuárias do SUS, em Manaus.

Perigo

De acordo com informações no site da Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon), o câncer do colo do útero constitui em todo mundo um grave problema de saúde pública e é o segundo tipo de câncer mais comum em mulheres de todo o mundo, com cerca de 500 mil casos novos a cada ano, sendo responsável pelo óbito de 250 mil mulheres anualmente, onde aproximadamente 80% destes ocorrem em países de baixa renda.

No Brasil, estima-se que o câncer do colo do útero seja o terceiro mais comum na população feminina, sendo superado pelo câncer de pele não melanoma e pelo de mama. Este tipo de câncer representa 10% de todos os tumores malignos em mulheres. É uma doença que pode ser prevenida, estando diretamente vinculada ao grau de subdesenvolvimento do país.

De acordo com dados sobre a incidência e mortalidade por câncer do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de colo do útero foi responsável pela morte de 3.953 mulheres no Brasil em 2000.

Ainda de acordo com a FCecon, apesar do conhecimento cada vez maior nesta área, a abordagem mais efetiva para o controle do câncer do colo do útero continua sendo o rastreamento através do exame preventivo. É fundamental que os serviços de saúde orientem sobre o que é e qual a importância do exame preventivo, pois a sua realização periódica permite reduzir em 70% a mortalidade por câncer do colo do útero na população de risco.

Preventivo

Toda a mulher que têm ou já teve atividade sexual deve submeter-se a exame preventivo periódico, especialmente dos 25 aos 59 anos de idade. Inicialmente o exame deve ser feito a cada ano. Se dois exames anuais seguidos apresentarem resultado negativo para displasia ou neoplasia, o exame pode passar a ser feito a cada três anos.

Quando não se faz prevenção e o câncer do cólo do útero não é diagnosticado em fase inicial, ele progredirá, ocasionando sintomas. Os principais sintomas do câncer do colo do útero já localmente invasivo são o sangramento no início ou no fim da relação sexual e a ocorrência de dor durante a relação.

Só um profissional de saúde pode avaliar adequadamente cada caso e fazer a indicação de um tratamento adequado.

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